O Centro de Educação Especial Elcy Freire, em Salvador, está passando por reformas nas instalações físicas. O espaço, que funciona há 15 anos, é voltado ao atendimento de portadores de deficiência e síndromes mental e genética. A medida vai beneficiar diretamente 30 crianças e adolescentes assistidos pela instituição em regime de abrigo. A ação conta com R$ 1 milhão, proveniente da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), mantenedora da unidade.

As obras incluem recuperação de piso, telhado, instalações hidráulica e elétrica, além de refeitório, lavanderia e salas de aula. Estão sendo construídas brinquedoteca, salas de vídeo, de convivência e área pedagógica. Os ambientes serão decorados com material produzido pelos próprios adolescentes durante as oficinas de arte. A previsão é de que a inauguração aconteça no mês de setembro.

Outra novidade é que os dormitórios foram transformados em quartos com capacidade para seis internos, cada um. Rampas foram instaladas para facilitar o acesso daqueles que possuem dificuldades de locomoção. A meta é construir, em breve, quadra poliesportiva, praça e casas individuais.

No local, os internos têm acompanhamento de uma equipe técnica multidisciplinar, formada por psicólogos, terapeutas ocupacionais, dentistas, psiquiatras, assistentes sociais e educadores. A maioria dos atendidos está desagregada da família e chega à instituição por intermédio do Ministério Público, Juizado da Infância e Juventude e Conselho Tutelar.

“O mais relevante é o trabalho de inclusão social que desenvolvemos junto a esse público. Como são portadores de necessidades especiais, providenciamos, inclusive, um ensino escolar diferenciado para aqueles que não têm condições de freqüentar a escola formal”, disse Ivete Torres, gerente de Atendimento Articulado da Fundac, ressaltando que está sendo articulada com outros órgãos de governo a transferência da administração do espaço.

“Regimentalmente, a atribuição da Fundac é atuar na área de atendimento sócioeducativo dos adolescentes em conflito com a Lei”, considerou. Segundo a gerente, visando atender às normas técnicas da área de saúde, os adultos que estavam abrigados na instituição já estão sendo transferidos para tratamento especializado.