A Revista Brasileira de Nutrição Clínica publicou o trabalho científico intitulado “Alterações gastrintestinais de pacientes críticos em uso de norepinefrina e terapia nutricional enteral”, desenvolvido pelas nutricionistas do Hospital Geral do Estado (HGE), Cecília Fraga dos Lemos, especialista em Nutrição Clínica pela Ufba, e Cristiane Assis de Paula, em Nutrição Clínica pelo Instituto Crítico de Ensino (IPCE), além da professora assistente da Escola de Nutrição e mestre em Medicina e Saúde pela Ufba, Raquel Rocha.

O trabalho, realizado a partir de estudo feito com pacientes críticos que estiveram internados na UTI do HGE, teve como objetivo avaliar as principais alterações gastrointestinais de pacientes críticos em uso de terapia enteral, forma mais utilizada para fornecer nutrientes a pacientes, cujas funções básicas estão ameaçadas, de noradrenalina, droga vasoativa que atua sobre a contração cardíaca, o fluxo sanguíneo e sua distribuição, e sobre a preservação da função celular.

Foram incluídos no estudo, todos os indivíduos acima de 18 anos, de ambos os sexos, admitidos na UTI em dois períodos – janeiro a abril de 2006 e janeiro a abril de 2007, que usaram noradrenalina por no mínimo 48 horas e terapia nutricional enteral via sonda, concomitantemente.

Também foram estudados 35 pacientes, com idade entre 18 e 69 anos, a maioria do sexo masculino e o diagnóstico clínico mais freqüente foi traumatismo crânio-encefálico (TCE). A terapia nutricional precoce ocorreu em 32 destes pacientes e observou-se que apenas nove pacientes tiveram suspensão provisória da terapia nutricional por alterações gastrointestinais, sendo o motivo mais freqüente resíduo gástrico elevado.