A realidade para quem mora nos municípios de Brejolândia e Tabocas do Brejo Velho, no Oeste baiano, mudou. Acostumados a captar água de forma deficiente, geralmente salobra, em quantidade inferior à demanda e em poços com produtividade baixa ou moderada, os habitantes da região festejaram, nesta quinta-feira (14), a ampliação do sistema integrado de abastecimento de água (SIAA).

Além das respectivas sedes, a estrutura vai abastecer cinco localidades nas duas cidades – Olhos D’água e Redinha em Tabocas, e Cedro 2 e Mombaça em Brejolândia.

A obra, que foi executada pela Embasa e faz parte do Programa Água para Todos, consiste na captação da água a partir da instalação de flutuantes no Rio Corrente, o maior manancial de superfície da região e, portanto, a melhor opção para o abastecimento. De lá, a água passa pela estação de tratamento e chega à população através de uma adutora a cerca de 130 quilômetros, em linha reta, de Brejolândia – sem contar as subadutoras que servem aos povoados.

A estrutura também abastece mais três cidades do Oeste – Canápolis, Santana e Serra Dourada. Juntamente com as duas cidades que receberam a obra hoje, a estimativa é de que 65 mil habitantes da região sejam beneficiados até 2032. O investimento total na intervenção é de R$ 39,1 milhões. Ao todo, o SIAA conta com 21 reservatórios e uma rede de distribuição de 140 quilômetros.

A inauguração do sistema contou com a presença do governador Jaques Wagner, que visitou as cidades de Brejolândia e Tabocas do Brejo Velho. Ele salientou que a obra, além de melhorar a oferta de água, sinaliza a atenção que o Governo do Estado vem dispensando à região oeste. "Água salobra pode gerar problemas de saúde futuros, como verminoses e outras contaminações, o que obviamente não queremos.

Com água de qualidade, a vida de toda a família melhora. Com essa e outras intervenções, tenho a convicção de que o oeste do estado nunca foi alvo de tantos investimentos como agora", disse Jaques Wagner, lembrando ainda que a população deve evitar o desperdício de água.

A implantação do novo sistema nos municípios vai melhorar as condições sanitárias da população. Anteriormente, a água na região contava com uma grande rejeição popular e, entre os maiores problemas, estavam o uso de defensivos agrícolas e as cargas orgânicas despejadas nos córregos, principalmente nos períodos mais secos.

"Esse sistema traz benefícios que serão primeiramente sentidos na torneira e, em seguida, na qualidade de vida do povo", destacou o secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence.