Indústria baiana cresceu 4,6% no primeiro semestre de 2008, quando comparado com igual período de 2007, revela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo IBGE e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento. Segundo os dados, no acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial baiana também apresentou expansão, registrando 4,1%. Entretanto, no confronto entre os meses de junho/2008 e junho/2007 houve uma queda na produção de 1,3%, influenciado pela variação da indústria de transformação que diminuiu 1,4%.

Vale salientar, que essa variação no mês de junho foi influenciada, principalmente, pela diminuição da produção dos dois segmentos da indústria de transformação de maior peso no estado, refino de petróleo e produção de álcool (-1,9%) e produtos químicos (-20,0%), que juntos representam mais de 50% da produção industrial da Bahia. O segmento de produtos químicos reduziu sua produção devido às paradas programadas em importantes empresas do setor. Na indústria de refino de petróleo foi observado uma redução na produção de gasolina e GLP. As contribuições positivas podem ser vistas nos segmentos de celulose, papel e produtos de papel (42,6%) e metalurgia básica (8,5%) e, também, no pequeno acréscimo da indústria extrativa mineral (0,7%).

Na comparação entre o primeiro semestre de 2008 e o mesmo período do ano passado, quando de produção industrial aumentou 4,6%, a indústria de transformação registrou uma variação positiva de 4,7%. Os setores que mais se destacaram foram: celulose, papel e produtos e papel (29,8%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%) e metalurgia básica (5,6%). Neste período, apenas o segmento de produtos químicos teve um decréscimo de 1,4%.

Nos últimos 12 meses, o indicador desacelerou o ritmo entre maio (4,5%) e junho (4,1%). Todos os segmentos registraram taxas positivas, destacando-se celulose, papel e produtos de papel (17,4%), refino de petróleo e produção de álcool (2,8%) e alimentos e bebidas (2,8%).

Na análise trimestral, o segundo trimestre cresceu 5,3%, resultado superior ao observado no primeiro trimestre (3,8%). Seis das nove atividades indicam resultado positivo, destacando-se refino de petróleo e produção de álcool, que passou de 0,2% para 6,5%, celulose e papel (de 22,3% para 38,0%) e alimentos e bebidas (de -1,2% para 6,6%).