Salvador registrou a menor inflação do ano no mês de julho, de 0,32%, ficando abaixo do resultado de junho que foi de 0,70%. Com este resultado, o ano de 2008 acumula variação de 3,97%, sendo que no mesmo período de 2007 o acumulado havia sido de 2,11%.

Já a variação dos preços calculada pelo IPC foi de 0,21% no mês de julho de 2007. Observando os últimos doze meses, agosto de 2007 a julho de 2008, a taxa situou-se em 6,02%. Um resultado superior aos doze meses imediatamente anteriores, de julho de 2007 a junho de 2008, que foi de 5,90%.

Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), pesquisa mensal registrada na capital baiana pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento.

No mês de julho, dos 375 produtos e serviços pesquisados mensalmente, 171 registraram alta nos preços, 108 não tiveram alterações e 96 registraram decréscimos. Dos sete grandes grupos que compõem o IPC/SEI, três registraram acréscimos, enquanto quatro registraram decréscimos: Alimentos e bebidas (0,95%), Transporte e comunicação (0,51%), Habitação e encargos (0,29%), Despesas pessoais (-0,01%), Artigos de residência (-0,05%), Saúde e cuidados pessoais (-0,27%), Vestuário (-0,29%).

Os produtos e serviços que mais colaboraram para a elevação da taxa foram passagem de ônibus interestadual (8,32%), carne bovina “peito bovino” (12,96%), “chupa-molho” (5,95%) e “patinho” (9,60%), álcool combustível (3,91%), automóvel novo (0,32%), frango congelado (3,16%), tarifa de telefone residencial (0,59%), jogos e apostas (3,00%) e cruzeiro marítimo (2,96%).

Os produtos e serviços que contribuíram para a queda dos preços foram perfume (-3,40%), camiseta, blusa e blusão femininos (-4,94%), calça comprida feminina (-3,92%), acessórios fotográficos (-5,07%), leite em pó (-2,60%), passagem aérea (-5,64%), empregado doméstico (-0,83%), excursão, não escolar (-1,15%), roupa de cama (-2,81%) e feijão mulatinho (-3,05%).

A variação da Cesta Básica foi de 2,91% no mês de julho de 2008, quando comparado com o mês anterior. Com este resultado, a variação acumulada no ano atingiu 24,49%.

Composto por 12 produtos alimentares (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, o custo foi de R$ 190,81. O que significa que o trabalhador comprometeu cerca de 45,98% do salário mínimo vigente no país (R$ 415,00) para adquirir os produtos da cesta básica.

Dos 12 produtos que compõem a cesta básica, oito registraram variações positivas: carne bovina, cruz machado (10,60%), tomate (5,88%), banana-prata (2,84%), farinha de mandioca (2,72%), arroz (2,38%), açúcar cristal (0,83%), manteiga (0,58%) e pão francês (0,37%). Quatro produtos registraram variações negativas: café moído (-0,42%), leite pasteurizado (-0,46%), óleo de soja (-0,62%) e feijão mulatinho (-3,05%).