O secretário estadual da Educação, Adeum Sauer, ressaltou nesta sexta-feira (29), durante o lançamento da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, a importância da participação das escolas. Para ele, as mudanças acontecem quando é feito um trabalho educativo sobre o meio ambiente com os estudantes.

Sauer acrescentou ainda que a Conferência é uma forma de mobilização e de construção, dando a oportunidade de trazer o olhar da juventude para se discutir as questões socioambientais.

O evento aconteceu no Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira, em Lauro de Freitas, e marcou também o início do trabalho da Oficina de Conferência para Professores Quilombolas, que segue até domingo (31), das 9h às 17h.

A ação conta com a parceria do Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias da Educação (SEC) e da Promoção da Igualdade (Sepromi) na organização e realização do evento.

As oficinas visam propiciar ao educador uma vivência direta da proposta da conferência na escola, que é fortalecer debate sobre os problemas sociais e ambientais da comunidade e a relação com o mundo.

“Queremos anunciar para o Brasil que os quilombolas estão tendo formação em educação ambiental e que estarão representando seus trabalhos na conferência”, afirmou a coordenadora geral de Educação Ambiental do MEC, Raquel Trajber.

A coordenadora de Educação Ambiental da SEC, Solange Rocha, destacou a mobilização das escolas feita pelas Direcs. São 24 vagas de delegados das redes públicas e privadas do estado e são reservadas três vagas – indígena, quilombola e assentados.

Oficinas

As oficinas serão também um momento de se trabalhar os quatro elementos da natureza na visão das comunidades, produzindo um diálogo de saberes entre a vivência e as políticas ambientais.

A professora Ilzete Santos, da Escola Quingoma de Fora, em Lauro de Freitas, destacou que esta etapa será muita boa para agregar valores e subsidiar o projeto, que já está sendo elaborado de identidade cultural dos alunos.

“Estamos resgatando a história do bairro, que já foi engenho de cana, através de atividades com samba de roda, capoeira, pois nossos estudantes são filhos destes artistas e eles precisam conhecer as suas raízes”. Após as oficinas será gerada uma carta de responsabilidades que será entregue na Conferência Estadual.

Etapas

A próxima etapa é a realização da Conferência nas Escolas, em setembro. Já no mês de novembro acontecerá a I Conferência Estadual. E a Conferência Nacional será realizada em abril de 2009.

Participam estudantes do ensino fundamental, da 5ª a 8ª séries das redes pública e privada, comunidades indígenas, quilombolas, representantes de assentamentos rurais sem escolas e alunos com necessidades especiais, sem restrição de idade, que estejam cursando as séries finais do ensino fundamental.