A segunda e última etapa do plantio que está compensando as emissões de gás carbônico pelas aeronaves que servem ao Governo do Estado durante os quatro anos de gestão foi assegurada com o convênio firmado entre a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Floresta Viva. Estão sendo plantadas em 15 hectares do Parque Estadual Serra do Conduru, no sul da Bahia, mais de 60 espécies de mudas nativas da Mata Atlântica, como jequitibá, maçaranduba, ipê, biriba, pau-ferro, embiruçu e sucupira, até o fim deste ano.

As projeções feitas pelos técnicos da Sema revelaram a emissão total de 360 toneladas de gás carbônico na atmosfera pelas aeronaves oficiais. Para neutralizar o volume desse gás é necessário o plantio de 30 hectares de floresta, sendo que metade já foi reflorestada desde janeiro, também pelo Instituto Floresta Viva.

Segundo o superintendente de Florestas, Unidades de Conservação e Biodiversidade da Sema, Marcos Ferreira, o compromisso de neutralizar as emissões de gás carbônico, previsto na adesão ao Programa Floresta Bahia Global, foi garantido com a assinatura desse último convênio. “O programa sinaliza para uma política pública preocupada com a responsabilidade ambiental e a participação de todos na preservação dos ativos ambientais do estado”, disse.

O programa alia conservação da natureza e geração de renda para as comunidades que vivem no entorno do parque, abrangendo os municípios de Ilhéus, Itacaré e Uruçuca. “Todas as mudas utilizadas no reflorestamento do parque foram produzidas e comercializadas pelos pequenos agricultores da região”, informou o coordenador do Núcleo de Restauração Ambiental do Instituto Floresta Viva, Volney Fernandes.

A atividade gera emprego e renda para a comunidade local, além de se tornar uma matriz economicamente sustentável. “Eles investem na implantação de viveiros rústicos, na aquisição de equipamentos, como motobombas, para irrigação e abastecimento doméstico, reforma e ampliação de moradia e compra de insumos para produção de hortaliças”, afirmou Fernandes.