O secretário da Segurança Pública, César Nunes, afirmou nesta quinta-feira (21) que são inverídicas as notícias que mostram uma onda de terror, medo e violência desenfreada em Salvador. “Não existe o chamado toque de recolher nos bairros. A população pode ficar tranqüila e os pais devem deixar os filhos irem para o colégio, pois a polícia está cumprindo o seu papel de oferecer segurança a todos”, disse.

Desde o início deste mês, explicou o secretário, o número de homicídios em Salvador diminuiu em quase 50%. Até 31 de julho, a capital registrava uma média de seis ocorrências desse tipo diariamente. Agora, elas caíram para 3,1 por dia. Ele informou que apenas um homicídio foi verificado de terça (19) para quarta (20) e que não houve ocorrência de quarta (20) para quinta (21). A redução, destacou Nunes, é percebida ainda em casos de furto, roubo de veículos, tentativa de homicídio e lesões corporais.

Estes são alguns dos resultados da Operação Navireu, um conjunto de ações deflagrado no final de julho. Com a operação, o policiamento na periferia da cidade está sendo intensificado – os cerca de 4 mil policiais que fazem a segurança de Salvador estão principalmente em bairros periféricos. Sem falar nas mais de 200 viaturas em circulação pelas ruas da capital.

As companhias independentes da Polícia Militar (CIPMs), por meio dos oficiais de operação e dos comandantes das unidades, também estão em contato direto com os diretores de escolas de todos os bairros de Salvador. O objetivo é levar tranqüilidade a professores, estudantes e pais de alunos. Com a mesma finalidade, existe o contato com comerciantes e lojistas.

Reforço do policiamento

Segundo o secretário, o policiamento está sendo reforçado com a vinda das unidades especializadas do interior para a capital. São 70 policiais de diversos municípios baianos, que passam sete dias em Salvador e depois retornam. Logo após, um outro grupo vem para a capital e ficam mais sete dias, num esquema de revezamento.

A Operação Navireu inclui ainda a aplicação de técnicas corretas de abordagem diante de situações suspeitas, ações específicas para evitar roubos a ônibus e realização de blitz.

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