Em fase de implantação na Avenida Paralela, o Parque Tecnológico de Salvador vai contar com a experiência do Instituto Recôncavo de Tecnologia (IRT) no desenvolvimento de pesquisa e inovação na área da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC).

Para viabilizar a parceria foi assinado, na tarde desta quarta-feira (20), um protocolo de intenções entre a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e o IRT, instituição privada e sem fins lucrativos, líder na captação de recursos para desenvolver projetos para empresas incentivados pela Lei da Informática.

Pelo protocolo de intenções, caberá ao IRT atrair e contratar projetos junto à sua área de atuação, fortalecendo o sistema local de inovação, apoiar as ações voltadas à incubação de empresas e outras iniciativas correlatas no setor de TIC. O IRT se comprometeu ainda a apoiar a formação e a capacitação de pessoal na área de TIC.

Neste setor, o instituto já assinou acordos de cooperação técnica com instituições como a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Centro de Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Segundo o presidente do IRT, Mário Cezar Freitas, a instituição tem todo o interesse de se instalar no Parque Tecnológico de Salvador. “Nós estamos muito animados para ir para lá”, observou Freitas.

O secretário estadual de C&T, Ildes Ferreira, acenou com a possibilidade de uma nova parceria com o IRT para formar uma equipe técnica com o objetivo de atuar nos Centros Vocacionais Tecnológicos Territoriais (CVTT). Conforme o secretário, até 2009, deverão ser instalados 12 novos centros no Estado, voltados para a capacitação profissional e geração de novas tecnologias.

TecnoVia

O Parque Tecnológico de Salvador abrigará um consórcio de pesquisas universitárias, incubadoras e empresas de base tecnológica. Será também um centro de convergência do Sistema Estadual de Inovação na Bahia, nas esferas pública, acadêmica e empresarial. Ele está sendo concebido em três eixos ou vias: a da inovação (como instrumento de atração de empresas), a da tecnologia (esfera institucional de suporte à interação entre universidades e empresas) e a da ciência (estratégia de fortalecimento da produção científica local).

As três área escolhidas para o TecnoVia – Biotecnologia, Energia e Tecnologia da Informação e da Comunicação – estão no foco de quase todos os parques tecnológicos do mundo, mas cada lugar prioriza as sub-áreas nas quais tenha mais potencial.

A Bahia tem vocação para a área de energia. Por isso, serão priorizadas pesquisas em petróleo e gás, energia solar, eólica e biocombustíveis. Na área de biotecnologia, o objetivo é estimular as pesquisas com células-tronco, desenvolvimento de novos fármacos, prospecção de biodiversidade, vacinas e kits para diagnóstico e produção agrícola.

Para as TICs, a expectativa é focar em conteúdos midiáticos para indústrias criativas, computação distribuída e plataformas de suporte ao desenvolvimento (geração de tecnologia e automatização). Este setor inclusive está em amplo crescimento na economia brasileira com grande potencial para a geração de empregos de alto valor agregado.