A Bahia criou um total de 52.840 novos empregos com carteira assinada, entre os meses de janeiro e julho. Este número corresponde a um incremento de 4,35%. O desempenho da geração de emprego, nos sete primeiros meses do ano, foi superior em 6.812 postos em comparação ao mesmo período do ano de 2007, quando tinham sido criadas 46.028 novas vagas no mercado formal de trabalho baiano.

No mês de julho, a expansão expansão foi de 0,53% no número de carteiras assinadas, o que significa um salto de 6.805 novos postos no mercado de trabalho formal, resultante da diferença entre 55.941 admissões e 49.256 desligamentos. No mês, o crescimento do emprego formal na Bahia situa-se ligeiramente abaixo do desempenho do país, que foi de 0,67% em julho de 2008.

Em comparação com a região Nordeste, o resultado foi menos significativo, uma vez que o crescimento do número de carteiras assinadas na região foi de 0,96%, mediante a criação de 40.816 postos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado.

Em termos espaciais, a criação do emprego formal no sétimo mês foi marcada pelo fato de que a maioria das vagas foi gerada no interior do estado. Isto é, surgiram 6.589 novos empregos no interior (98,6%), enquanto que a Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi responsável pela criação de apenas 96 vagas (1,4%).

Tratando-se do desempenho dos setores de atividade econômica, o destaque, em julho deste ano, ficou por conta da Agropecuária, que respondeu pelo surgimento de 4.399 novos postos de trabalho com carteira assinada, o correspondente a 65,8% do saldo gerado no mês.

Em seguida, o setor de Serviços mediante a criação de 3.040 empregos. A Indústria de Transformação também apresentou bom desempenho e abriu 1.033 novas vagas.

A Construção Civil apresentou desempenho negativo ao eliminar 1.425 empregos, mesma tendência apresentada pelo Comércio – que fechou 552 vagas. De acordo com o diretor de Pesquisas da SEI, José Ribeiro, “o desempenho negativo da Construção Civil foi determinado pela Região Metropolitana de Salvador, na medida em que foram eliminados 1.689 empregos no setor em julho de 2008”.

Resultados do acumulado

A Bahia responde por 78,0% do total de novos empregos gerados na região Nordeste nos sete primeiros meses de 2008. No período, o incremento no número de vagas (4,35%) foi superior ao conjunto da região Nordeste, que acumula, em 2008, expansão de 1,61% no nível de emprego, em decorrência da criação de 67.823 postos de trabalho. A média nacional foi de 5,40%.

“Essa performance sugere que a Bahia deverá encerrar este ano com um desempenho ainda mais favorável do que em 2007, com amplas possibilidades de apresentar o melhor desempenho da década”, avalia o diretor de Pesquisas da SEI, José Ribeiro, Tratando-se da distribuição espacial, o interior do estado respondeu pela criação de 33.239 novos empregos nos sete primeiros meses de 2008, o correspondente a 62,9% do total estadual. Na RMS foram geradas 19.601 vagas (37,1% do total).

O setor Agropecuário vem liderando a expansão do emprego em 2008, por intermédio da criação de 14.981 empregos no acumulado deste ano, o equivalente 28,4% do total gerado no estado. A expansão do emprego neste setor vem sendo extremamente expressiva ao alcançar 15,96%.

O Setor de Serviços desponta, em seguida, ao acumular 13.768 novos postos de trabalho no ano (cerca de 26,1% do total). Apesar do declínio observado em julho, a Construção Civil acumula a abertura de 10.294 novas vagas em 2008 (19,5% do total). A Indústria de Transformação gerou 8.315 empregos (15,7%) ao passo em que o Comércio acumula 4.404 postos (8,3%).

Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, os destaques no acumulado deste ano ficam por conta de Salvador (16.088 novos empregos), Juazeiro (4.346), Itapetinga (3.532) e Feira de Santana (2.332 novos empregos).