Na tarde desta segunda-feira (04) foram encerradas as aulas do terceiro curso de informática voltado para pessoas com deficiência auditiva oferecido pelo Sinebahia. As atividades tiveram uma carga horária total de 20 horas e incluíram no programa tópicos de orientação para o trabalho. O conteúdo do curso foi todo ministrado com tradução simultânea através da Libras – Linguagem Brasileira de Sinais, privilegiando sistemas e programas que estão mais de acordo com as exigências do mercado de trabalho, como Word, Excel e Internet.

A preocupação com o tratamento dado à pessoa com deficiência (PCD) faz parte das diretrizes implementadas pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), principalmente para as ações do serviço estadual de intermediação para o trabalho. Para Ana Paula Piedade Melo Sacramento, instrutora e tradutora de Libras do SineBahia, o atendimento na unidade central, feito através da linguagem de sinais, desde a recepção, faz com que eles se sintam acolhidos e respeitados.

Já o instrutor de informática Washington Oliveira revelou-se muito surpreso com a motivação e o rendimento da turma. “É impressionante como eles estavam felizes durante as aulas. A facilidade que alguns demonstraram, principalmente com assimilação de ícones, prova que é possível capacita-los para variadas funções no mercado. É preciso acabar com os estigmas e preconceitos”, salientou Washington.

A iniciativa pioneira tem por finalidade democratizar a intermediação para o trabalho, dando alternativas de capacitação e empregabilidade aos portadores de deficiência física. Para reforçar essa intenção e fechar o ciclo entre qualificação e intermediação, os nomes dos trabalhadores capacitados adquirem prioridade em processos seletivos futuros.