Muritiba terá total cobertura em esgotamento sanitário

O município de Muritiba, no Recôncavo, terá 100% de cobertura do serviço de esgotamento sanitário com as obras do programa Água para Todos iniciadas pela Embasa, empresa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Estão sendo investidos R$ 11,7 milhões para construir seis bacias de esgotamento que vão beneficiar 20 mil pessoas com quatro mil ligações domiciliares.

As ações integram as medidas que visam melhorar a qualidade das águas da Baía de Todos os Santos com a despoluição dos mananciais que cortam as cidades do Recôncavo. “O esgotamento vai promover saúde e qualidade de vida para os habitantes do município e livrar o Rio Paraguaçu da poluição provocada pelos esgotos lançados sem tratamento em suas águas”, afirmou o presidente da Embasa, Abelardo Oliveira.

A dona-de-casa Gildete Leal, que mora há três anos no bairro Sete Pecados, periferia da cidade, está otimista com a implantação do esgotamento sanitário. “Vai ser bom, porque aqui a gente só usa fossa e a água suja das pias vai direto pelo vale para o rio”, disse.

As obras prevêem a implantação de 30,5 quilômetros de rede coletora, cinco estações elevatórias (conjunto de bombas), 18,7 quilômetros de ramais prediais, 3,3 quilômetros de interceptores, três quilômetros de linhas de recalque e uma estação de tratamento de esgotos.

Além disso, será implantado um emissário submarino de 3,4 quilômetros, que lançará os efluentes tratados no Paraguaçu, após a Barragem de Pedra do Cavalo.

Ações socioambientais

As obras, que são realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terão ações socioambientais para conscientizar a população da área contemplada sobre a importância do serviço de esgotamento sanitário.

A equipe que coordena esse tipo de ação está preparando um mapeamento da área de intervenção que vai gerar um diagnóstico socioambiental a partir do qual será desenvolvido um cronograma de atividades, como oficinas em escolas, palestras e reuniões públicas com a comunidade.

“Isso vai permitir o controle social das áreas beneficiadas e a interação com a comunidade. É um projeto planejado para que haja participação efetiva da sociedade”, informou a assistente social responsável pela fiscalização desse trabalho nas obras da Embasa, Andréia Maia.