Representantes da Secretaria da Agricultura (Seagri), Ceplac e dos bancos do Nordeste e do Brasil estiveram, na sexta-feira (19), no município de Camamu, para o Dia da Adesão Itinerante, que reuniu aproximadamente 250 agricultores. 

O objetivo dessas plenárias é apresentar as ações e tirar as dúvidas em relação ao Plano Executivo para a Aceleração do Desenvolvimento e Diversificação do Agronegócio na Região Cacaueira (PAC do Cacau), além de mostrar a necessidade de assinar o termo de adesão até o dia 30 deste mês.

O Dia da Adesão Itinerante já aconteceu nas cidades de Gandu, Ipiaú, Ibicaraí, Coraci, Camacam, Ilhéus, Salvador e Itamaraju.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Camamu, Manoel Luiz da Silva, a atividade realizada em conjunto é muito válida, porque os produtores têm a oportunidade de entender melhor o PAC para poder aderir e ter acesso a novos recursos destinados às suas lavouras.

Ele disse que os agricultores estão sendo mobilizados por achar importante renegociar a sua dívida e poder ser beneficiado com as diversas ações que estão sendo apresentadas.

“No meu caso, vou poder negociar a dívida, que é pequena, com um bom desconto, e poder injetar dinheiro novo não só na lavoura do cacau, mas nas demais culturas como dendê e pupunha, além de receber assistência técnica especializada da EBDA e Ceplac para aumentar minha produtividade”, explicou.

Silva destacou também que o PAC do Cacau representa um novo momento para a região. “O plano, que foi construído de uma forma democrática, com a participação popular, pôde levar as necessidades da região até o Governo do Estado, para que chegasse a um acordo com o governo federal”.

Ação conjunta

Durante o evento foram apresentadas as diversas etapas do plano, desde a adesão que termina no dia 30, até a necessidade de diversificar e industrializar a produção.

De acordo o diretor geral da Seagri, Itazil Benício, que esteve representando o secretário da Agricultura, Geraldo Simões, para que o PAC do Cacau dê certo, é preciso agir em conjunto com as instituições e produtores.

“A organização dos cacauicultores é fundamental neste processo, para que o Governo do Estado possa investir os recursos assegurados com mais rapidez”, explicou Benício, que fez questão de lembrar que estão em andamento a capacitação de técnicos, o fortalecimento de pesquisa para a introdução de novas tecnologias, além da aquisição das mudas mais resistentes e produtivas que serão subsidiadas para os agricultores familiares.

Já as instituições financeiras, apresentaram no evento simulações para a renegociação ou quitação da dívida, que pode ter uma variação de até 80% de desconto. Para quem for renegociar, o prazo máximo é de 12 anos, com carência de quatro, pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).