Com a movimentação de R$ 1,2 milhão em negócios, gerados com a realização de leilões e comercialização direta de animais, insumos e maquinários agrícolas, a 11ª Exposição Agropecuária de Alagoinhas (ExpoAlagoinhas) bateu todos os recordes e superou a expectativa dos organizadores. Na última edição, o evento havia alcançado a marca de R$ 600 mil.

A feira, que terminou domingo (28) e contou com o apoio e participação do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura (Seagri), consagrou-se como um dos principais eventos agropecuários da Bahia, que representa a bovinocultura leiteira dos territórios Litoral Norte e Agreste de Alagoinhas, principal pólo produtor do estado. Com uma área de 10 mil metros quadrados, o parque Miguel Santos Fontes abrigou, durante os três dias, 1.500 animais – entre bovinos, eqüinos, caprinos e ovinos – atraindo para visitação um público superior a 15 mil pessoas.

A melhoria genética animal e vegetal foi o grande diferencial desta exposição. A raça Girolando, resultado da mistura entre as Gir e Holandesa, foi destaque na feira e reúne o que há de melhor em rusticidade e característica de resistência orgânica, além da alta capacidade leiteira. Animais de elite, cuja produção diária varia entre 16 e 20 quilos de leite, estiveram expostos e inúmeros exemplares foram adquiridos durante os leilões. Na oportunidade, um embrião da raça Girolando foi arrematado por R$ 28 mil.

Premiação

Durante os torneios leiteiros realizados, para as raças Gir e Girolando, foram premiadas as fazendas Rubens Sérgio e Bonança Agrícola. O animal mais produtivo, desta última propriedade, alcançou a marca de 48,5 quilos de leite por dia. A competição, que incluiu três ordenhas por dia, premiou os criadores com R$ 6 mil e certificados de qualidade animal.

Cursos

A satisfação também chegou aos produtores familiares que tiveram, no estande da Seagri, um espaço estruturado em vila para promoção e comercialização da produção. Um total de 200 pequenos agricultores participaram dos minicursos oferecidos pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola e Bahia Pesca.

“Viemos participar do curso de beneficiamento do pescado porque acreditamos no potencial da região, comprovado em pesquisas, para a criação de alevinos. Temos um projeto, estamos organizados e pleiteamos a recuperação da represa de Aramari”, declarou o participante, João Etelvino, que pretende replicar as informações para crianças e adolescentes da sua comunidade.