Com a recente mudança no calendário de vacinação contra febre aftosa, quando foi unificado o período de vacinação para os meses de maio e novembro em todo o país, novas normas para o trânsito de animais foram instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A medida regulamentará, principalmente, os animais dos estados cuja vacina tiver seu prazo vencido, levando em conta que os animais se mantêm imunes até por seis meses. A Bahia está enquadrada nessa medida, em virtude do antigo período de vacinação ser nos meses de março e setembro.

“Neste intervalo que precede a campanha, que será iniciada no dia primeiro de novembro, o trânsito de animais que nunca foram vacinados ou aqueles com faixa etária inferior a seis meses estará condicionado à vacinação compulsória”, explica o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Altair Santana.

Segundo Santana, após a vacinação, esses animais deverão esperar um período de 15 dias para terem sua Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida pelo órgão. Ele esclarece que os animais destinados ao abate, recria ou engorda, estarão desobrigados a adotar esta medida.

O diretor geral destaca que a vacina em novembro é obrigatória, independente da faixa etária. “De acordo com a legislação vigente, a não vacinação implicará na multa de 50 Unidades Fiscais de Referência (Ufirs) por animal não vacinado e 150 Ufirs por propriedade para os criadores que vacinaram mas não declararam em um dos escritórios da Adab.

Para a recepção das declarações, o órgão costuma mobilizar suas 15 coordenadorias regionais, 71 gerências locais e 346 escritórios municipais distribuídos por todo interior do estado.

Abastecimento de vacinas

Santana também ressalta a importância do mercado revendedor e distribuidor estarem bem abastecido de vacinas contra febre aftosa de modo a atender a demanda do rebanho baiano, que é de 11,25 milhões de animais. “Por sugestão da Adab, o quantitativo de doses e a respectiva frascagem para o estado foi adequada ao perfil do criador, em sua maioria pequeno”, completa.

Dos cerca de 270 mil criadores existentes na Bahia hoje, 60% possui rebanho inferior a 50 cabeças de gado, “portanto o volume maior de embalagens de 10 doses é fundamental para que a campanha consiga imunizar o rebanho dos pequenos criadores”, afirma o diretor. Do total de vacinas solicitadas para a Bahia ao Mapa, 60% são de frascos de 10 doses e 40% em frascos de 50 doses.