Feira Baiana de Artesanato movimenta Jardim dos Namorados

O primeiro fim de semana de funcionamento da Feira Baiana de Artesanato movimentou o Jardim dos Namorados. No sábado e no domingo, artesãos de nove municípios comercializaram nas 100 barracas montadas no espaço produtos artesanais variados.

Em sua quinta temporada, a feira, que funcionará até março em fins de semana alternados, é realizada pelo Instituto Mauá, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com o Sebrae e a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM).

Participante da feira desde sua primeira edição, a artesã Celeste Geambastiane, 65 anos, que trabalha com bordado e pintura em tecidos, aprendeu a confeccionar as peças ainda criança. Hoje, aposentada, dedica-se ao artesanato, que lhe ajuda a complementar a renda.

“Vi que levava jeito para o artesanato quando as encomendas começaram a aumentar. Tinha mês que não mexia no meu salário”, disse, orgulhosa, Celeste. Ela falou sobre o espaço que o Instituto Mauá tem aberto para os artesãos. “Além dessa, o Mauá tem realizado pequenas feiras em shoppings da cidade, ajudando o artesão a divulgar e a comercializar os seus trabalhos”, destacou.

Para a diretora do Mauá, Emília Almeida, esse tipo de atividade ajuda a suprir uma das principais dificuldades dos artesãos, que é o escoamento da produção. “Além da comercialização direta entre o artesão e o cliente, o que resulta num preço mais em conta do produto, existe a possibilidade de encomendas por parte do empresariado”, explicou.

Encantamento e lucro

Visitando a feira pela primeira vez, o músico Maurício Goulart e a namorada Aline Castro ficaram encantados com os instrumentos em miniatura produzidos por Alberto Cunha. “Já tinha visto esse tipo de trabalho, mas instrumentos desse tamanho que reproduzem o som é a primeira vez”, ressaltou.

O casal Luzia Torres e Hélio Fernandes, do Grupo de Produção Bonecas de Guanambi, município a 796 quilômetros de Salvador, encarou 11 horas de viagem para vender seus produtos na feira. “Mas está valendo a pena”, contou Luzia, que no início do segundo dia de funcionamento da feira já tinha vendido quase todas as 230 bonecas de pano, proporcionando um lucro de cerca de R$ 2 mil.

Participaram dessa edição da feira artesãos de Salvador, Itabuna, Cachoeira, Santa Luz, Guanambi, Conceição do Coité, Valente, São Sebastião do Passé e Ilha de Maré. A próxima edição acontece, no mesmo local, nos dias 20 e 21 deste mês, das 16 às 22h.