Vinte e três municípios do território de identidade da ‘Chapada Diamantina’ terão oportunidade de conhecer a exposição ‘IPAC 40 anos’, no prédio do Mercado das Artes da cidade de Lençóis, até este domingo (7).

Localizada a 410 km de Salvador e um dos principais destinos turísticos da Chapada, Lençóis é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e conserva viva a memória dos anos áureos da exploração de garimpo. Considerada a ‘capital baiana do diamante’, a cidade revela, em suas ruas de pedra, parte da história do Brasil, e preserva seu casario colonial e outras construções dos séculos 18 e 19.

Em Lençóis, o Governo da Bahia, por intermédio da Secretaria de Cutura (Secult), desenvolve outros projetos e obras, como o Programa Monumenta, em parceria com o Ministério da Cultura, investindo, até o término das obras, cerca de R$ 8 milhões na recuperação de casarios e monumentos, sob a coordenação geral e fiscalização do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). O financiamento é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com a contrapartida do governo estadual.

Entre essas obras, estão o Mercado Municipal, a ponte sobre o Rio Lençóis, o prédio da Prefeitura Municipal, a sede do Iphan, a nova sede da prefeitura, posto de saúde, Teatro de Arena, igreja Nossa Senhora do Rosário, igreja de Nosso Senhor dos Passos, biblioteca e arquivo público, além de ruas e calçadas. A Secult/Ipac também inaugurou no último dia 24, a Casa Afrânio Peixoto e auditório, administrada pela Fundação Pedro Calmon, cujas obras estiveram à cargo do Monumenta.

Mostra itinerante

Em comemoração aos 40 anos do Ipac, responsável pela execução da política de preservação do patrimônio cultural da Bahia, a mostra itinerante segue temáticas históricas, abordando desde a criação da Cidade do Salvador, no século XVI, até os dias atuais, nesta primeira década do século 21.
São 30 painéis com textos, fotos e ilustrações diversas que promovem visibilidade e conceituações didáticas para despertar interesse e compreensão dos públicos de variadas faixas etárias. O público terá acesso ainda a informações sobre acervos dos 13 museus estaduais que o Instituto administra.

Durante a exposição, é exibido um vídeo de apresentação ‘Ipac 40 anos’ e os documentários ‘Axé do acarajé ou Quizila de Oxalá’, e ‘Retratos de um tempo’. No período da mostra itinerante, faculdades, escolas de ensino médio e instituições culturais desenvolvem trabalhos educativos e visitas guiadas para a compreensão completa dos dados e fotos expostas na exposição.

Depois de percorrer as cidades de Feira de Santana, Caetité, Cachoeira e Lençóis, a ‘Exposição Ipac 40 anos’ chega a Salvador no próximo dia 11, no Solar Ferrão, monumento tombado pelo Iphan e que também já abrigou a sede do Ipac.

Ipac em Lençóis

Na Chapada, 12 bens estão tombados provisoriamente. Dois em Lençóis, a Vila da Estiva e Vila do Barro Branco; cinco em Seabra, que são os povoados de Alagadiço, Lagoa da Boa Vista, Campestre, a Capela de Nossa Senhora da Conceição e o Vale do Paraíso. As cidades de Piatã e Morro do Chapéu têm, cada uma, dois bens tombados: Capela de Nossa Senhora do Rosário, Igreja Matriz de Bom Jesus, Vila do Ventura e Cidade das Pedras, respectivamente.