Atrair os deficientes auditivos para as bibliotecas e oferecer um atendimento qualificado é o objetivo do curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), que a Fundação Pedro Calmon, da Secretaria Estadual de Cultura (Secult) promove para capacitar os colaboradores das bibliotecas públicas de Salvador. Neste primeiro momento, 20 colaboradores da Biblioteca Anísio Teixeira (BAT) e outras bibliotecas serão habilitados. A proposta é transformar a BAT em uma biblioteca especializada em atendimento aos surdos.

O curso, que iniciou no dia 13 de agosto e se estende até dezembro, tem carga horária de 60h e acontece toda quarta-feira, com duração de 3h diárias. As aulas são ministradas pela professora de literatura Aline Porto. “A Lei 10.436, Art. 3o diz que as instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor”, afirma Ângela Deiró, diretora da BAT, destacando que as bibliotecas são pioneiras neste tipo de serviço.

Segundo a Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos (Apada) 4% da população de Salvador é deficiente auditiva. Cerca de 5 mil pessoas entre 1 e 65 anos são cadastradas na Apada com essa deficiência.

Dia do Surdo

No Brasil, no dia 26 de setembro comemora-se o Dia do Surdo. A data relembra a inauguração da primeira escola para Surdos no país em 1957, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro. Atualmente, Instituto Nacional de Educação de Surdo.

A Libras foi desenvolvida a partir da língua de sinais francesa. Cada país possui uma língua de sinais específica. Ela não é universal. A Libras possui estrutura gramatical própria. Os sinais são formados através da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço.