A exposição itinerante Ipac 40 Anos chega a Salvador, depois de passar por quatro territórios de identidade da Bahia, e fica aberta até 29 deste mês na galeria de arte do Solar Ferrão, na Rua Gregório de Mattos, nº 45, Pelourinho, sempre de terça a sexta-feira, das 10 às 18h, e nos sábados e domingos, das 13 às 17h.

Segundo o diretor-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Frederico Mendonça, a exposição comemora os 40 anos de atuação do órgão que pertence à Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e que é responsável pela execução da política de preservação do patrimônio cultural baiano.

“Através do Ipac, o governo da Bahia já tombou quase 150 monumentos e imóveis de importância histórico-arquitetônica e registrou seis manifestações culturais como bens imateriais do estado, como a Festa de Santa Bárbara, o Cortejo do 2 de Julho, que acontece nas festas comemorativas pela independência da Bahia, a capoeira e os carnavais de Salvador e de Maragogipe”, explicou Mendonça. Para ele, a exposição é estratégica para a compreensão da história da salvaguarda na Bahia.

A montagem segue temáticas históricas, abordando desde a criação da Cidade do Salvador, no século 16, até os dias de hoje, nesta primeira década do século 21. É composta de 30 painéis com textos, fotos e ilustrações que contam a trajetória e exibem trabalhos empreendidos em toda a Bahia ao longo dos 40 anos pelo Ipac. Os visitantes terão acesso ainda a informações sobre os acervos dos 13 museus que o Ipac administra.

Durante a exposição, são exibidos, ininterruptamente, três vídeos. Um é sobre a apresentação da mostra e os outros dois os documentários Axé do Acarajé ou Quizila de Oxalá e Retratos de um Tempo. No período da exposição, faculdades, escolas de ensino médio e instituições culturais podem desenvolver trabalhos educativos e visitas guiadas para a compreensão completa dos dados e fotos expostas. Marcações de visitas guiadas podem ser feitas pelos telefones 3117-6442 e 3117-6440.

Patrimônios paisagísticos e naturais

As novas ações sob a responsabilidade do Ipac também vão ser mostradas na exposição. As salvaguardas dos patrimônios arqueológicos, espeleológicos (grutas, cavernas e fontes) e paleontológicos (fósseis animais e vegetais) serão agregadas aos trabalhos do instituto.

“A Bahia é um dos estados mais ricos do país, quando falamos da quantidade e qualidade do patrimônio imaterial, como as construções seculares tombadas, mas também das pinturas rupestres, fósseis e grutas”, disse Mendonça.

Ele afirmou que o 1º Fórum de Patrimônio Material da Bahia, realizado em Lençóis em maio deste ano com 210 prefeituras convidadas, foi concebido com o objetivo de buscar a salvaguarda permanente e o usufruto desses bens, via parcerias entre governos municipais, estadual e federal.

A exposição já esteve nas cidades de Feira de Santana, Caetité, Cachoeira e Lençóis.