Em agosto, a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Salvador (RMS) diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, passando de 20,4% no mês de julho, para 19,9% em agosto de 2008. Este é o segundo menor índice registrado nos últimos 11 anos, segundo os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) – autarquia da Secretaria do Planejamento, pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A pesquisa indica que a taxa de desemprego aberto permaneceu estável em 12,2%, enquanto a de desemprego oculto diminuiu, passando de 8,3% para 7,6% da População Economicamente Ativa (PEA). Neste mês, foi estimado um contingente de 366 mil desempregados, uma redução de 6 mil pessoas na comparação com o mês de julho. Este resultado reflete a geração de 23 mil novas ocupações, número superior ao das pessoas que ingressaram na População Economicamente Ativa, que é de 17 mil pessoas. A taxa de participação cresceu, passando de 59,6% para os atuais 60,0%.

Em relação ao desempenho dos setores, o único que teve um pequeno decréscimo, de 0,4%, foi “Outros Setores”, que inclui serviços domésticos, construção civil e outras atividades. Os demais setores registraram aumento na oferta de postos de trabalho. O Comércio obteve o maior crescimento, de 4,5%, significando 10 mil postos a mais, em seguida a Indústria que expandiu 3,3% e o setor de Serviços, com 1,1%.

Ao todo foram criados 11 mil postos de trabalho assalariado na Região Metropolitana de Salvador, a maior parte pertencente ao setor privado que aumentou em 7 mil vagas, das quais, 6 mil com registro formal e 1 mil sem registro formal. Já o setor público admitiu, em menor proporção, 3 mil pessoas.

No agregado “Outros” – que inclui os empregadores, os trabalhadores familiares e os donos de negócios familiares, etc. – houve expansão de 7 mil ocupações. O contingente de trabalhadores autônomos cresceu em 5 mil postos, já o número de trabalhadores domésticos permaneceu estável.

Observou-se que no mês de agosto houve um aumento do rendimento médio real, tanto para os ocupados, de 0,7%, quanto para os assalariados, de 0,5%. Os valores desses rendimentos foram estimados, respectivamente, em R$ 946 e R$ 1.069.

Na comparação entre os meses de agosto de 2007 e de 2008, a taxa de desemprego total diminuiu, passando de 21,8% para os atuais 19,9% da PEA. Este resultado foi reflexo das reduções nas taxas de desemprego aberto, de 13,3% para 12,2%, e das taxas de desemprego oculto, de 8,5% para 7,6%.

Nestes últimos 12 meses, 31 mil pessoas saíram da situação de desemprego resultado da criação de 48 mil postos de trabalho número mais que suficiente para absorver as 17 mil pessoas que ingressaram na PEA da RMS. A taxa de participação diminuiu passando de 61,1% para 60%.

Tratando do comportamento setorial, foi notado um crescimento no setor de Serviços, de 6,2%, representando 52 mil novos postos de trabalho, no agregado “Outros Setores”, 4,7%, com admissão de 10 mil pessoas. Em sentido contrário, o Comércio apresentou redução de 3,8%, isto é, 9 mil ocupações e a Indústria, -3,8%, menos 5 mil postos.

De acordo com a pesquisa, o contingente de assalariados da RMS registrou expansão de 33 mil trabalhadores, no comparativo entre os meses de agosto de 2007 e de 2008. Houve acréscimo no número de assalariados do setor privado, 17 mil vagas, e do setor público, 14 mil.

No segmento privado, o aumento de postos de trabalho foi expressivo, com admissão de 16 mil trabalhadores com carteira assinada e 1 mil sem carteira assinada. Por sua vez, o contingente de autônomos aumentou em 24 mil trabalhadores, enquanto o do agregado “Outros” decresceu em 9 mil. Em relação ao contingente dos trabalhadores domésticos, não houve alteração.