O plano estratégico da Bahia para superar as deficiências logísticas e de infra-estrutura para o crescimento do estado inclui a ferrovia EF-334 (integração Oeste-Leste), os sistemas Carinhanha, RMS, Porto Sul, Oeste, BA 093 e o Sistema Juazeiro-Petrolina. O plano foi mostrado pelo secretário do Planejamento, Ronald Lobato, que representou o governador Jaques Wagner na abertura do 4º Encontro de Economia Baiana, nesta terça-feira (16), no Hotel Fiesta.

O evento, que tem como objetivo refletir e discutir os desafios do desenvolvimento baiano, avaliando os conhecimentos já adquiridos e propondo novos rumos para a economia do Estado prossegue até esta quarta-feira (17).

Para concretizar estes ambiciosos projetos, Lobato reiterou que não basta ter planejamento, é preciso efetivar a gestão e articulação. “Não podemos ter apenas elocubrações teóricas, sem nenhum desmerecimento da atividade acadêmica, mas, enquanto governo, se fizermos apenas isso, estaremos faltando com a nossa responsabilidade” afirma.

Ele explica que o governo baiano possui diretrizes estratégicas socioeconômicas e de princípio de gestão (transparência, ética, controle social, participação, territorialidade), que serão perseguidos para atingir a visão de futuro de um estado cuja população desfrute de qualidade de vida, maior participação nos resultados econômicos, com equilíbrio social e étnico, integrado nacional e internacionalmente.

O diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), autarquia ligada à Secretaria do Planejamento (Seplan), Geraldo Reis, destacou a oportunidade do encontro debater sobre a atual crise do setor financeiro internacional, que é comparado por alguns analistas com a crise de 1929.

“Os analistas ainda não têm uma dimensão exata dessa crise, das suas repercussões e incidências na esfera mundial e, menos ainda, na economia brasileira”, afirma. Ele explica que, este acontecimento coloca a necessidade de que o encontro alargue o seu horizonte e inicie um processo de reflexão, não sobre o acontecimento em si, mas, sim, sobre a evolução da economia e os limites da construção social para que haja a exata dimensão de até onde pode-se ir, do ponto de vista de uma cultura produtivista e de uma cultura consumista.

Para o secretário da Fazenda, Carlos Martins, que também participou da mesa de abertura, o encontro surge em um importante momento para a Bahia, pois, segundo explicou, há um novo ambiente de negócios, calcado em três questões: “O primeiro ponto é a igualdade de oportunidades, o segundo, refere-se à transparência em relação aos hábitos governamentais e, por último, estamos vivendo um momento em que não há cerceamento da liberdade de pensar ou criticar”, diz.

O 4º Encontro de Economia Baiana, que este ano tem como foco Políticas públicas e desenvolvimento econômico, é promovido pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), pela SEI e pelo curso de mestrado em Economia da Universidade Federal da Bahia – Ufba.