O mercado imobiliário baiano está em franca expansão. No primeiro semestre de 2008 houve um aumento de 153% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializadas 7.269 unidades, contra as 2.876, em 2007. Quanto aos lançamentos, houve um registro de 9.183 unidades – um incremento de 179,20% relativo ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA).

Somente no segundo trimestre do ano observou-se a comercialização de 4.186 unidades contra as 3.083, referente aos meses de janeiro a março. Quanto ao consumo de cimento, dados do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon) apontam que, em 2007, na Bahia, foram consumidas 2,1 milhões de toneladas do produto.

Em 2008, até o mês de junho, já haviam sido consumidas 1,2 milhões de toneladas de cimento, contra 993 mil toneladas no mesmo período do ano passado, um aumento de 21,3%.

“A perspectiva é que este consumo continue a crescer, principalmente a partir do ano que vem”, avaliou Amorim. Quanto aos empregos gerados pela indústria da Construção Civil, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados registrou, no mês de agosto, que o segmento absorve cerca de 98 mil trabalhadores com carteira assinada no estado.

Fábrica

O crescimento do setor, tem atraído mais investimentos para o estado, sobretudo para o interior. Mais um importante passo para se interiorizar a industrialização no estado será dado com o início das obras, em janeiro de 2009, para a implantação da fábrica de cimento da Companhia Brasileira de Cimento (CBC). A fábrica será instalada no município de Ituaçu, na região do Sertão Produtivo da Bahia, vai gerar 100 empregos diretos e tem previsão para entrar em funcionamento em julho de 2010.

A unidade vai utilizar como insumos o calcário e a argila extraídos na região. “Um dos grandes desafios que enfrentamos é levar o desenvolvimento para o interior do estado de forma homogênea e sustentável. A exploração mineral permite que o homem se fixe ao redor da mina e alcance este objetivo por ser uma atividade intensiva em mão de obra”, afirmou o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo.

A fábrica vai ser instalada em duas etapas. Na primeira fase, serão investidos R$ 79 milhões, com recursos financiados pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), para atingir uma produção de 395 mil toneladas por ano. Aos quatro anos de funcionamento do empreendimento, está previsto um novo investimento de mais R$ 50 milhões, elevando a produção anual para 790 mil toneladas.

O diretor presidente da CBC, Hildebrando Amorim, informou que o destino do cimento que será produzido pela empresa é o mercado interno. “Toda a compra de insumos e toda a venda será realizada na Bahia. Estamos vivendo um ótimo momento, principalmente com o crescimento da construção civil”, analisou.

Mineração

Entre janeiro/2007 e junho/2008, foram realizadas 25 licitações de áreas para mineração. “Grande parte delas está em uma zona em que temos muito interesse de desenvolver – o semi-árido. Assim, buscamos não somente o desenvolvimento da atividade mineral, mas a verticalização, fazendo com que o beneficiamento destes minérios seja feito na região”, afirmou o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo.

Segundo o secretário, “a perspectiva da verticalização, com a implantação de indústrias de transformação do minério de ferro, vanádio e titânio, faz com que a Bahia possa crescer, se desenvolver e consolidar-se como pólo siderúrgico do tamanho do seu potencial mineral”.

Para que seja possível se usufruir deste potencial, o investimento para pesquisas de novas jazidas para 2007 e 2008 é de R$ 20 milhões. “Com isto, estamos fazendo a melhor cobertura geológica do Brasil”. Levantamentos aerogeofísicos que já mapearam mais de 217 mil quilômetros quadrados, 38,5% do território, e a previsão é de que, até o final do ano, mais 52 mil quilômetros quadrados já tenham sido cobertos.

Atualmente, são exploradas na Bahia aproximadamente 30 substâncias, que vão desde o petróleo e o gás natural até a brita, passando pelo ouro, cobre, magnesita, bentonita, cromita, urânio, entre outros minerais.