Baianos vão brigar por medalhas nas paraolimpíadas

Cinco atletas paraolímpicos baianos integram a equipe brasileira, entre estes Marcelo Collet e Verônica Almeida, participantes do Programa FazAtleta do Governo do Estado da Bahia, que vai participar dos Jogos Paraolímpicos de Pequim, a serem realizados a partir deste sábado (dia 6) até o próximo dia 17, na capital chinesa.

O Brasil vai ser representado por 188 atletas, a maior delegação da história, e participará de 14 das 17 modalidades em disputa. Também estarão presentes os baianos Elton Santana e Antony Deraldo (no remo) e Jefferson da Conceição Gonçalves (no futebol de 5).

Foram convocados 48 atletas para o atletismo, 24 para a natação, três para o halterofilismo e um para a disputa do tiro. Além desses esportes o Brasil também será representado no basquete em cadeiras de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, hipismo, judô, remo adaptável, tênis de mesa, tiro, vela e vôlei sentado.

Nadadores

Nascido em 17 de setembro de 1980, em São Paulo, mas morando há muito tempo na Bahia, Marcelo Collet lembra que despertou para a prática esportiva ainda criança, levado pela mãe como forma de gastar as energias , já que era um garoto peralta. Collet praticou basquete, futebol e capoeira. Aos 14 anos começou no atletismo e depois foi para o triatlon. Aos 17 anos, o atleta foi atropelado em Salvador, durante um treino de ciclismo.

Em 2001, por influência dos pais e do técnico começou a nadar e participou de sua primeira competição internacional, em Mar Del Plata. Suas maiores conquistas foram uma medalha de ouro no Mundial no Rio, em 2005; bronze no Mundial na África do Sul, em 2006; e uma medalha de ouro e três de bronze no Parapan do Rio em 2007. O atleta tem como meta conquistar medalhas nestes Jogos Paraolímpicos de Pequim e de Londres em 2012.

Para a taurina, Verônica Mauadie Almeida, 33 anos, a prática da natação começou ainda criança, através do incentivo da mãe, visando ajudar no crescimento. Em 2006, a síndrome de Ehlos Danlos, que é progressiva, degenerativa e ataca as células, a levou para a cadeira de rodas.

Professora de Educação Física, Verônica garante que sua maior conquista foi a convocação para as Paraolimpíadas de Pequim. A atleta treina três horas diariamente, na Associação Baiana dos Atletas Deficientes (ABAD). Entre seus títulos estão o de campeã nacional do Circuito Loterias Caixa nos 50m livre, 50m borboleta e 100m livre, em Uberlândia, em 2008. Verônica não pensa em parar de nadar tão cedo. Ela ainda quer bater o recorde mundial nos 50m borboleta.