Matéria publicada às 16h10,

atualizada às 19h

O governador Jaques Wagner participou, nesta segunda-feira (8), de uma recepção na casa do embaixador brasileiro no Benin, Carmelito Mello, em Cotonou, capital do país. Nesta terça-feira (9) às 8h30, hora local (4h30 de Brasília), ele tem audiência com o presidente do país Boni Yayi.

Acompanhado do Ministro da Cultura Juca Ferreira, do presidente do Iphan Luís Fernando Almeida, do presidente da Fundação Palmares Zulu Araújo, do secretário de Cultura Márcio Meirelles, da secretária de Promoção da Igualdade Luíza Bairros, do secretário da Indústria, Comércio e Mineração Rafael Amoedo e do presidente da Fieb Victor Ventin, Wagner tenta fortalecer os laços culturais e econômicos entre os dois países.

Escravos vendidos na Bahia

O Benin é um país do noroeste da África, limitado a norte pelo Burkina Faso e pelo Níger, a leste pela Nigéria, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste pelo Togo.

O território onde o Benin se localiza era ocupado no período pré-colonial por pequenas monarquias tribais, das quais a mais poderosa foi a do reinado Fon de Daomé. A partir do século 17, os portugueses estabelecem entrepostos no litoral, conhecido então como Costa dos Escravos. Os negros capturados são vendidos no Brasil, principalmente na Bahia, e no Caribe.

No século 19, a França, em campanha para abolir o comércio de escravos, entra em guerra com reinos locais. Em 1892, o reinado Fon é subjugado e o país torna-se protetorado francês, com o nome de Daomé. Em 1904 integra-se à África Ocidental Francesa. O domínio colonial encerra-se em 1960, quando Daomé torna-se independente, tendo Hubert Maga como primeiro presidente. Em 1975, o país passa a designar-se Benin.

Com 8,7 milhões de habitantes (dados de 2006), a população beninense tem a seginte composição: fons 39%; gouns 12%; baribas 12%; adjas 10%; sombas 4%; aizos 3%; minas 2%; dendis 2%; outros 4%, em 1996. Os idiomas são o francês (oficial), bariba, fulani, fon e ioruba. Religião: crenças tradicionais 47%, cristianismo 38% (católicos 24,6%, outros 14,2%), islamismo 20,4%, sem religião e ateísmo 0,3%, outras 0,3% em 2005.

Saiba mais sobre a ida do governador ao Benin:

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