Os conflitos sociais no meio ambiente são moldados pelos interesses econômicos e desrespeitos ambientais. A opinião é do especialista Henri Ascerald, cuja palestra – Conflitos Ambientais e Recursos Hídricos – abriu a série Diálogo das Águas, uma iniciativa do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá).

O respeito e o diálogo são as melhores formas de se resolver problemas de conflito social no meio ambiente, assegura Henri Ascerald, doutor em planejamento, economia política e organização do território. “Os interesses econômicos refletem a expressão do capitalismo. As comunidades tradicionais representam o contexto social. Quando um dos pratos dessa balança foge do equilíbrio, é preciso ter consciência e respeitar os limites naturais”, comentou Ascerald.

Para ilustrar essas questões, ele relatou casos como o de Tucuruí, no Tocantins, onde as comunidades ribeirinhas brigaram pelo direito à pesca na região.

O “Diálogo das Águas”, que sempre acontece no Auditório Paulo Jackson, reúne ambientalistas, acadêmicos, estudantes, técnicos e dirigentes do Ingá, autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema). A iniciativa, criada em 2007, quer aproximar o público baiano de questões importantes sobre o meio ambiente. As palestras ocorrem sempre na última sexta-feira de cada mês.

No dia 26 de setembro, o tema será Planejamento Ambiental para Conservação dos Recursos Hídricos. A doutora em Ciências Biológicas pela Unicamp, Rozely Ferreira Santos será a palestrante. As inscrições podem ser feitas presencialmente, pelo e-mail cerimonial@inga.ba.gov.br e pelo telefone (71) 3116-3009. O interessado deve fornecer o nome completo, instituição onde trabalha ou estuda, função e telefone. As vagas são limitadas.