Em busca da adequação ambiental da indústria ceramista no Estado, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) se reuniu com o Sindicato das Indústrias de Cerâmica do Estado da Bahia (Sindicer-Ba), fortalecendo o diálogo e as ações em torno da produção de biomassa e regularização às leis ambientais.

O encontro, mediado pelo superintendente de Políticas Florestais, Conservação e Biodiversidade, Marcos Ferreira, foi uma oportunidade para as indústrias conhecerem as políticas da Sema, voltadas para as áreas florestais e o desenvolvimento sustentável. “Procuramos mostrar ao setor alternativas para manutenção do processo produtivo, sem a agressão ao meio ambiente”, relatou Marcos.

Para Jamilton Nunes, diretor do Sindicer, o encontro atendeu às expectativas do sindicato, esclarecendo questões como outorga de água, licenciamento ambiental de jazidas, da própria indústria e sobre produção de biomassa. “Esta reunião foi um ganho, saímos com o desafio da regularização, com o compromisso do apoio, e o empenho das empresas em legalizarem sua situação”.

O diretor ressaltou a preocupação das empresas em atender aos compromissos, que serão firmados entre o sindicato e a Sema. A proposta é assinar, no próximo ano, um acordo de cooperação técnica. “Discutimos uma meta para a adequação ambiental das indústrias e esperamos que 50% delas já estejam regulares, em 2011”, afirmou.

A Bahia possui 239 unidades industriais de cerâmica implantadas em 96 municípios. Devido ao grande potencial do setor, Salvador está sediando até sábado (20), no Centro de Convenções da Bahia, o 37º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O evento reúne ceramistas brasileiros e de diversos outros países e tem como temas centrais a qualificação, competitividade, energia, meio ambiente, construção civil, legislação e mercado sul-americano.