Um viveiro direcionado à produção de mudas para reflorestamento será construído pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado (SJCDH), no Conjunto Penal de Jequié, dentro do programa de ressocialização de detentos.

O convênio com o Centro de Promoção Social da Paróquia de Santo Antônio de Pádua foi assinado, nesta quarta-feira (24), durante o 1º Seminário de Reinserção Social de Detentos, no Centro de Cultura do município.

Além da construção do viveiro – com capacidade para produzir mil mudas por ano – a ação pioneira, a ser executada pela Pastoral Carcerária de Jequié, contará com o apoio da Sema no fornecimento dos insumos e na capacitação técnica dos detentos para o trabalho.

O secretário Juliano Matos afirma que o convênio mostra a capacidade de articular o meio ambiente com as demais áreas de governo, de acordo com a proposta de transversalidade da atual gestão, em busca da melhoria da qualidade de vida dos baianos. “A Sema está à disposição para aprofundar essa relação com outros agentes sociais”, assegura.

Segundo Marcos Ferreira, superintendente de Políticas Florestais, Conservação e Biodiversidade, a meta é levar a iniciativa a outros complexos carcerários, diante da necessidade de reintegração de detentos à sociedade e da demanda crescente por mudas de espécies nativas para as ações de reflorestamento da Sema, em desenvolvimento no estado.

“Esse projeto tende a ser modelo”, avaliou o superintendente, defendendo a alternativa viável de ressocialização dos internos, a baixo custo e com potencial de gerar renda para quem cumpre pena.

Atualmente, a Sema adquire as mudas de uma biofábrica, mas, a partir do convênio, em um futuro próximo, as mudas poderão ser comercializadas pelos viveiros operados pelos detentos.

O superintendente de Assuntos Penais, tenente coronel José Francisco Oliveira Leite, disse que está otimista quanto à possibilidade de tornar o projeto uma referência na Bahia. “Estamos aqui a fazer o bem, pelo homem e o meio ambiente”, enfatiza o ex-comandante da Companhia da Polícia Ambiental do Estado.