Uma missão econômica sul africana, liderada pelo diretor geral do Departamento Econômico da província de KwaZulu-Natal, Ranveer Persad, iniciou nesta segunda-feira (1), pela Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), uma série de visitas a secretarias e órgãos do Governo da Bahia. O objetivo é intensificar o intercâmbio e promover parcerias de cooperação econômica com alguns estados brasileiros incluindo Pernambuco, Ceará e São Paulo.

O principal objetivo da missão, que foi recebida pelo secretário Edmon Lucas e por técnicos da Sedir, está centrado na indústria açucareira, reforma agrária e em empreendimentos com foco no desenvolvimento econômico.

De acordo com Persad, desde 1994, com o fim do Apartheid e a conseqüente reestruturação política da África do Sul, o país vem focando suas ações na questão social, desenvolvimento e melhoria de qualidade de vida da população local. “E o Brasil pode ser a chave para alavancarmos esse desenvolvimento”, acredita.

Edmon explicou aos sul africanos, a preocupação do governo em minimizar as desigualdades regionais existentes no estado e melhorar a qualidade de vida da população mais carente do semi-árido, que representa quase 70% do território baiano. O secretário descreveu algumas ações já em andamento com esse objetivo e destacou o papel da Sedir no processo de integrar e potencializar as ações das demais secretarias na região.

O secretário apresentou ainda o Programa de Desenvolvimento do Semi-Árido, o Terra de Valor, que será lançado ainda este mês e prevê inicialmente ações em 51 municípios em cinco territórios localizados na região. O programa estabelece a realização de 62 ações de diversas secretarias até o fim deste ano, envolvendo cidadania, desenvolvimento e fortalecimento das atividades produtivas.

Edmon pôs a estrutura da secretaria à disposição dos sul africanos para organizar uma futura visita a projetos de desenvolvimento empreendidos pela Sedir e se comprometeu a ajudar no que for necessário para estreitar os laços cooperativos entre os dois países.

Da comitiva fizeram parte agricultores, pequenos proprietários de terras, representantes do governo sul africano, gestores municipais (o equivalente a secretário municipal) de prefeituras locais e da Câmara de Comércio de Pietermaritzburg, a capital de KwaZulu-Natal, além de representantes de associações de agricultura e de açúcar da África do Sul.