Observadores da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) se reuniram, nesta terça-feira (2), com representantes da Secretaria da Saúde (Sesab) para analisar o andamento da campanha de vacinação contra a rubéola na Bahia. O organismo – vinculado à Organização Mundial de Saúde (OMS), responsável pela saúde pública dos países das Américas – enviou alguns de seus representantes ao Brasil para identificar as melhores estratégias de vacinação, com o objetivo de traçar estratégias adequadas às necessidades de outras nações.

Eles estão monitorando a campanha em sete estados brasileiros e já passaram por Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso. Depois da visita à Bahia, seguem para o Rio de Janeiro e São Paulo. O grupo é formado por cinco observadores internacionais (Christina Marsigli, Nancy Castillo, Pamela Bravo, David Sniadack e Fátima Franco) e está na Bahia há três semanas.

A campanha “Brasil Livre da Rubéola”, do Ministério da Saúde, tem como meta vacinar mais de 70 milhões de pessoas contra rubéola e sarampo em cinco semanas. “Uma meta inédita em campanhas de vacinação”, segundo a superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, Lorene Pinto, que garantiu nunca ter sido registrada no mundo uma campanha tão abrangente. A pretensão é vacinar grupos diferentes como jovens, adultos, idosos e populações indígenas em uma mesma campanha.

De acordo com Lorene, o próximo passo é entrar na fase de vigilância para se chegar, a longo prazo, à Certificação de eliminação da doença, que depende de diversos fatores como a amplitude da cobertura e um determinado período sem registro da doença. Países como Chile, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela, Peru e Colômbia também serão analisados para o parecer da Comissão de Certificação.

Os representantes da Sesab explicaram aos observadores da Opas quais os métodos de abordagem utilizados na campanha na Bahia para atrair o público jovem, um dos principais focos da campanha. “O que mais nos impressionou foi o comprometimento da equipe com a saúde da população. Esse compromisso ajuda a alcançar a meta”, afirmou uma das observadoras do organismo, Fátima Franco, acentuando que atingir os jovens é sempre mais difícil por ser um público menos habituado a tomar vacinas.

Em toda a Bahia já foram vacinadas mais de três milhões de pessoas, o que representa 60% da meta do Estado, de imunizar uma população de 4,8 milhões de homens e mulheres na faixa dos 20 aos 39 anos. Foram montados nos 417 municípios baianos, nove mil postos, dos quais 2.700 são fixos. A comissão acompanha a vacinação no município de Feira de Santana ainda nesta terça e depois volta a Salvador para visitar os postos maior movimento como o do Banco do Brasil, no Iguatemi, do Centro Histórico e da Estação da Lapa.