Uma política de desenvolvimento de tecnologia não pode ser feita sem as universidades, considera o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira.

O comentário foi feito nesta segunda-feira (8), durante apresentação das empresas juniores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), no Centro de Cultura Amélio Amorim.

Ferreira participou de um Café de Negócios, juntamente com o reitor José Carlos Barreto e representantes de vários segmentos, acadêmicos e lideranças empresariais.

Segundo o secretário, são disponibilizados, anualmente, recursos da ordem de RS 15 milhões para projetos de geração de produtos novos, mas advertiu que a verba só é liberada mediante apresentação de projeto.

Ele reconheceu a importância das empresas juniores e sinalizou o apoio da Secti a esses projetos, como forma de ampliar a interação entre a universidade e o mundo empresarial.

Na palestra sobre Inovações Tecnológicas: Desafios e Perspectivas, Ildes Ferreira falou sobre a estrutura da Secti, a criação dos núcleos de pesquisa em parceria com o governo federal -investimento de R$ 9 milhões-, da atuação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e dos programas de inclusão sociodigital e de tecnologia de informação.

Ele apresentou ainda o projeto do Parque Tecnológico, que está sendo construído em Salvador. Durante o Café de Negócios, realizado pela Assessoria Especial de Relações Institucionais da Uefs, o reitor José Carlos Barreto considerou que a Fapesb tem fomentado a pesquisa, o que é uma conquista, mas lamentou que os recursos ainda estejam concentrados nas universidades federais.

As propostas das empresas juniores foram apresentadas em estandes. “A empresa júnior aparece em duas vertentes: na prática profissional dentro da própria faculdade, o que é um cabedal de conhecimento, e na possibilidade de levar para a empresa privada criatividade para melhoria de seu funcionamento”, analisou o empresário João Baptista, presidente do Conselho Deliberativo do Centro das Indústrias de Feira de Santana (Cifs).

Segundo ele, ainda não há parcerias firmadas, “mas o Cifs é uma porta aberta”. A necessidade de novas parcerias foi apontada pelo assessor de Relações Interinstitucionais, Washington Franca-Rocha, assim como pelos integrantes dos projetos, que apresentaram a estrutura e o funcionamento das quatro empresas juniores já implantadas na Uefs.

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