Base da sustentação econômica de agricultores familiares da Bahia e de uma expressiva parcela da população urbana, a produção do licuri tem sido destaque na região de Senhor do Bonfim.

Para organizar a atividade, que é explorada de forma extrativista, e estimular a exploração das potencialidades da planta de maneira adequada, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) está orientando os produtores desde o processo de manejo, colheita à preservação da cultura e do meio ambiente.

A EBDA, órgão da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), fez um cadastramento de 3,5 mil agricultores que exploram a cultura, visualizando a formação de associações em Senhor do Bonfim, além de um levantamento na região que apontou para a existência de mais de 16 milhões de licurizeiros.

Segundo o gerente regional da EBDA em Senhor do Bonfim, Antônio José de Souza, a iniciativa vai propiciar uma exploração de forma racional e ordenada. “A atividade extrativista é de extrema importância para a economia local, uma vez que é uma cultura de subsistência, geradora de renda para a população”, afirmou.

Com grande potencial nutritivo, o licuri é um fruto comestível de uma palmeira típica do semi-árido nordestino. A amêndoa é utilizada na fabricação de cocada, doce e farinha nas mais variadas receitas culinárias.

Além disso, da amêndoa é extraído um óleo destinado à fabricação de sabão, detergente e outros produtos de limpeza. Do resíduo obtido com a extração do óleo origina-se um componente utilizado na produção de ração animal que também pode ser comercializado.

Outra forma de aproveitamento é na utilização das palmas para a confecção de peças artesanais como chapéu, brinco, colar, utensílios domésticos, entre outras.

O licurizeiro começa a frutificar seis meses após o plantio e seu período de maior produção está concentrado nos meses de outubro a dezembro, com produção média anual de dois mil quilos por hectare.