Devido a suspeita do aparecimento da doença Mancha Branca nos camarões do município de Canavieiras, a 600 quilômetros de Salvador, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), em conjunto com o Ministério da Agricultura (Mapa), coletaram aproximadamente 1.350 amostras do crustáceo para análise, no laboratório da Universidade de Santa Catarina.

O laboratório catarinense é o único do país credenciado pelo Mapa a realizar exames oficiais da doença. Enquanto não sai o resultado das análises, a agência interditou por tempo indeterminado, a propriedade suspeita. Também coletou amostras de camarão de propriedades circunvizinhas para análises, georeferenciou e intensificou o controle de trânsito naquela região.

“Essas são algumas das medidas de prevenção adotadas pela Adab nesse tipo de situação”, explicou o diretor geral da Adab, Altair Santana.

A Mancha Branca é uma enfermidade viral que afeta os crustáceos, porém não é zoonose, ou seja, não pode ser transmitida ao homem e nem traz prejuízo para sua saúde, caso haja o consumo desse produto.  Os sintomas da enfermidade são perda de apetite do animal, aparecimento de camarões nadando na superfície e nas bordas dos tanques, podendo ou não apresentar manchas brancas no corpo.

A propagação da doença pode dizimar populações inteiras em poucos dias, causando grande impacto econômico nas regiões produtoras de camarão. No Brasil, o vírus causador já foi identificado nos estados de Santa Catarina e Ceará.