O comércio baiano obteve um crescimento de 7,5% no mês de agosto, na comparação com o mesmo mês de 2007. Na comparação entre o mês de agosto e julho de 2008, a variação foi de 2,3%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento.

Em relação aos resultados dos segmentos, no comparativo de agosto de 2008 e de 2007, dos oito ramos que compõem o indicador, apenas o de Tecidos, vestuário e calçados registrou queda de – 4,4%. As taxas mais expressivas de crescimento ficaram com os segmentos de Livros, jornais, revistas e papelaria (32,6%), equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (30,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (25,5%) e Móveis e eletrodomésticos (15,2%).

Com variações menores, também registraram resultados positivos os segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,9%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,2%), no subgrupo de Hipermercados e supermercados (4,1%) e Combustíveis e lubrificantes (3,3%). Nos segmentos que não integram o indicador do varejo, no de Veículos, motocicletas, partes e peças, as vendas aumentaram (4,6%) e no de Material de construção (14,8%).

Após os sucessivos resultados desfavoráveis registrados nos meses anteriores pelo segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, no mês de agosto a pesquisa apurou variação positiva. De acordo com a economista da SEI, Maria de Lourdes Caíres, esse resultado demonstra uma tendência de recuperação das vendas do segmento, reflexo da desaceleração da inflação sobre os alimentos, principalmente, dos produtos que compõem a cesta básica. “Nos primeiros meses do ano, os aumentos dos preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela aceleração da inflação no país”, explica.

O varejo baiano acumulou um incremento de 8,0%, comparando o período de janeiro a agosto de 2008 com o mesmo intervalo de tempo de 2007. No acumulado dos último 12 meses, o crescimento alcançou 8,5%. O comércio deu início ao processo de retomada do nível de atividade em dezembro de 2003, desde então vem apresentando, mensalmente, sucessivas taxas de expansão nas vendas.

Segundo Maria de Lourdes Caíres, ao longo desse período, vários fatores foram preponderantes para impulsionar o consumo, entre os quais se destacaram as constantes promoções, a expansão do crédito, a melhoria do poder aquisitivo de camada significativa da população, a ampliação dos prazos de parcelamento e principalmente o aumento do emprego formal no estado.