Um computador, cujo gabinete tem as partes externas feitas com fibra de casca de coco e resina. Esse é um dos resultados do projeto de compósitos poliméricos com fibras vegetais desenvolvido pelo Laboratório de Polímeros e Sistemas (Lapos), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), no sul do estado.

De acordo com o coordenador do laboratório, Celso Fornari Junior, além das propriedades físicas dos novos materiais, a destinação das cascas de coco pós-consumidas terá uma direção mais nobre ao contrário do depósito ou aterro sanitário.

“Esses materiais compósitos poderão gerar maior oportunidade a comunidade agrícola, com o aproveitamento e agregação de valor à fibra de coco e outras fibras vegetais, além da oportunidade da indústria em explorá-los com propriedades importantes”, explica o professor.

O projeto foi iniciado em 2005, com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e de indústrias do pólo de informática de Ilhéus e da universidade.

O seu objetivo é desenvolver novos materiais de engenharia que são capazes de suprir a necessidade da indústria. As fibras vegetais apresentam um grande potencial para utilização porque têm propriedades importantes como baixa densidade, baixo custo, elevada resistência à tração e ao desgaste.

Sempre acompanhado pelos alunos do curso de Engenharia de Produção e Sistemas, o professor Fornari Junior explica que “o Lapos busca explorar as fibras vegetais na construção de compósitos poliméricos. Estes compósitos apresentam importantes vantagens em relação aos materiais convencionais. A diminuição de peso, a resistência ao desgaste e a biodegradabilidade que apresentam são algumas das vantagens na busca da sua exploração”.