Bom Jesus da Lapa, no Médio São Francisco, a 777 quilômetros de Salvador, desenvolve um trabalho de inclusão social através do esporte que vem tendo bons resultados, segundo a Associação Desportiva Lapa Taekwondo Clube. No município, 1,2 mil crianças e adolescentes de sete a 17 anos, alguns portadores de necessidades especiais, praticam futebol, futsal, voleibol, basquetebol, handebol e taekwondo.

“Além dessas crianças e adolescentes que recebem o apoio da Sudesb, temos duas mil crianças, na mesma faixa etária, que participam do programa Segundo Tempo, do governo federal”, afirmou o ‘mestre’ Valdemir Teixeira de Araújo, sétimo dan no taekwondo e que esteve em Salvador para agradecer a ajuda do governo da Bahia.

As turmas de crianças e jovens praticam o esporte preferido no turno oposto ao da escola. “O nosso trabalho de inclusão social acontece de segunda a sábado, sob a orientação de professores credenciados. No domingo, fazemos exibições de cada modalidade esportiva”, disse Valdemir.

O trabalho da Associação Desportiva Lapa Taekwondo Clube tem conquistado resultados expressivos e isso traz motivações novas à comunidade, que tem um apreço muito grande pelas realizações da entidade.

“Já conquistamos quase 900 títulos em todos os níveis, exceto nos Jogos Pan-americanos e nas Olimpíadas. Mas estamos trabalhando para que em breve possamos ver um dos nossos atletas no pódio nessas competições internacionais”, afirmou o ‘mestre’.

Com o taekwondo, modalidade considerada principal, as crianças e os jovens de Bom Jesus da Lapa participaram recentemente de duas competições importantes: o Campeonato Intercontinental, na cidade de Embu das Artes, e o Campeonato Brasil Open/Mundial de Duplas, ambas em São Paulo. “Viajamos, as duas vezes, em ônibus alugados pela Sudesb, que nos tem dado todo apoio, seja com material esportivo ou com equipamentos”, explicou Valdemir.

Destaques no taekwondo

No taekwondo, os principais destaques do município são Yasmin Novais, Jéssica Nascimento, Bárbara Gisele e Diele Alves (feminino) e Eduardo Pinheiro, César Augusto e Henrique Arrudes (masculino).

Entre os portadores de necessidades especiais, o ‘mestre’ disse que aposta no talento e na competitividade de Set Hudson e Ronaldo Nunes – este começou cedo na associação e hoje já é monitor. “Mas todo o trabalho tem um ponto alto nas irmãs Deise e Denise Bastos (professoras). Sem elas não teríamos obtido o sucesso que estamos conquistando”, ressaltou.