Pequenos produtores do extremo sul baiano e profissionais da áreas florestal, ciências agrárias e biológicas estiveram reunidos em audiência pública, em Teixeira de Freitas, a 900 quilômetros de Salvador, para discutir a implantação de sistemas agrosilvopastoris, como alternativa econômica e social para a região. O evento aconteceu no Parque de Exposições do município, com a participação do secretário do Meio Ambiente do Estado (Sema), Juliano Matos.

“O conhecimento é o que constrói”, defendeu Matos, ao explicar que conservar os recursos naturais agrega valor econômico à produção. “Otimizar água durante a irrigação, por exemplo, contribui para uso racional dos recursos hídricos, além da economia”.

O desmatamento ilegal de floresta nativa na região foi outro assunto abordado por Matos. “95% das padarias baianas ainda funcionam à lenha”, disse, enfatizando a importância de políticas que incentivem a produção de atividades, em áreas desmatadas com espécies de rápido crescimento. “Um hectare de madeira plantada equivale a dez hectares de floresta nativa preservados, sendo que rendimento é o mesmo, mas obtido na legalidade”.

Uma alternativa sustentável é o programa do Governo do Estado, Pólo Florestal Sustentável, que estimula o plantio de bosque energético, ampliando a oferta de madeira plantada para usos diversos, recuperando áreas desmatadas e diminuindo a pressão sobre a vegetação nativa.