No Brasil, a cegueira afeta cerca de 2,83% da população e destes, 60% são evitáveis e 20% recuperáveis, tendo como maiores causas a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Baseado nessas e outras informações, o Ministério da Saúde criou portaria instituindo a Política Nacional de Oftalmologia.

Para melhorar o serviço da rede estadual na área oftalmologia, a Superintendência de Atenção Integral a Saúde (Sais), por meio da diretoria de Atenção Especializada (DAE), realizou nesta sexta-feira (17) o 1º Encontro de Estadual de Oftalmologia, com o tema Conformação da Rede Estadual de Atenção em Oftalmologia.

O principal objetivo do evento foi discutir mecanismos para a organização, hierarquização e implantação das diretrizes da Rede de Atenção em Oftalmologia. Para a consultora técnica de alta e média complexidade do Ministério da Saúde, Roseane Chaves, a proposta do encontro foi esclarecer alguns pontos em relação à Política Nacional de Oftalmologia, que tem como principal foco a organização da rede de serviços em oftalmologia junto aos estados e aos municípios.

A idéia, de acordo com Roseane Chaves, é incentivar para que os gestores façam adesão à política e também às ações pontuais. Durante o encontro, o assessor técnico da DAE, Paulo Afonso Batista dos Santos, apresentou um diagnóstico da situação atual da oftalmologia no estado. “Já fomos ao ministério e nos reunimos com os técnicos responsáveis pela elaboração da portaria. Nesse momento, estamos trazendo os técnicos responsáveis pela publicação e efetivação dessa portaria”, disse o assessor.

Para Paulo Santos, a principal adequação à portaria que a rede na Bahia necessita hoje é o aparelhamento e mudanças na infra-estrutura dos hospitais e clinicas com serviços de oftalmologia. Um dos objetivos da criação dessa portaria foi aumentar o acesso e garantir as consultas oftalmológicas à população.