Uma quadrilha especializada em assaltos a caminhões de entrega de cigarros da empresa Souza Cruz foi desarticulada pela polícia, após investigações feitas por agentes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos.

Os quatro integrantes foram apresentados à imprensa, nesta sexta-feira (31), na sede do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio, no prédio da Polícia Civil (Piedade) pelos delegados Arthur Gallas, diretor do DCCP, e Antônio Cláudio Pereira Oliveira, titular da Delegação de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).

O líder do grupo é Moisés Ramos dos Santos, 30 anos, funcionário terceirizado do almoxarifado do Presídio de Lauro de Freitas, que contava com o apoio do taxista Antônio Matos da Paixão, 30. Além de Moisés e Antônio, também estão presos Heraldo Lopes Ferreira Filho, 40, Edson Souza de Queirós, o “Nei”, 43, todos envolvidos em pelo menos dez assaltos ocorridos recentemente em vários bairros de Salvador.

Alguns motoristas da empresa já fizeram o reconhecimento do grupo, com o qual os policiais apreenderam um revólver. Os acusados foram autuados em flagrante por formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

As investigações indicam que o grupo vinha agindo há mais de seis meses, atacando motoristas dos carros de entrega de cigarros.

Prejuízo

De acordo com o delegado Antônio Cláudio, três dos integrantes do grupo executavam os roubos. Depois de abordarem e dominarem o condutor do caminhão ou van da empresa, eles transferiam os pacotes de cigarro para um kombi dirigida por Heraldo Lopes e desapareciam.

O taxista Antônio Matos da Paixão dava apoio aos acusados, transportando-o para um local distante do ponto do assalto.
Investigações coordenadas pelo titular da DRFR indicam que as ações da quadrilha eram chefiadas por Moisés. O grupo já confessou pelo menos dez assaltos, mas os policiais acreditam que esse número é maior.

Pelo menos 80 caixas com pacotes de cigarros foram roubadas pela quadrilha nos últimos meses, num prejuízo de aproximadamente R$250 mil para a empresa.

O taxista envolvido com o grupo já responde a três processos na Justiça por formação de quadrilha, roubo a banco e tráfico de drogas. Um receptador identificado como Carlos Santos da Cruz, 39 anos, também já está preso.