Com a participação de 50 pessoas, entre policiais civis e professores convidados, começou nesta quinta-feira (23) o curso piloto de qualificação profissional “Investigação Policial na Perspectiva de Gênero e Diversidades”, promovido pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), através do Projeto Viver, em parceria com o Departamento de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Polícia Civil e o Núcleo de Estudos Interdisciplinar sobre a Mulher (Neim) da Universidade.

A abertura do curso aconteceu às 8h30, no salão nobre da Reitoria da UFBa, no bairro do Canela. A solenidade contou com a presença do delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo da Silva, do subsecretário de Segurança Pública, Ary Pereira de Oliveira, o tenente-coronel José Alves, da diretora do DCCV, delegada Isabel Alice de Pinho, do diretor do Departamento de Polícia Técnica (DPT), Raul Barreto Filho, e da professora Lina Maria Brandão de Aras, representando o reitor da Ufba, Naomar Almeida.

Com uma carga de 120 horas de aulas práticas e teóricas, o curso, destinado a policiais civis da Bahia lotados em Salvador, tem a finalidade de qualificar os servidores metodologicamente para a atuação investigativa em crimes sexuais, a partir da perspectiva de gênero e das diversidades. A construção de um protocolo de procedimentos de atendimento e investigação relativos a esses crimes, a serem implantados como padrão nas delegacias, está entre as propostas do curso.

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O delegado Joselito Bispo destacou a importância da iniciativa, afirmando que “a qualificação profissional e uma ferramenta indispensável para o alcance dos objetivos da polícia”. O encerramento do curso está previsto para 19 de dezembro e os certificados serão emitidos, de acordo com as normas da Ufba, para aqueles que tiverem uma freqüência mínima de 75% e um aproveitamento igual ou superior a 7,0 nas atividades práticas.

As aulas serão ministradas as segundas, quartas e sextas-feiras, de 8 às 12 horas, no auditório do Neim, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Ufba, no Campus de São Lázaro, na Federação. Durante o curso serão abordados vários assuntos, entre os quais gênero e relações de gêneros, elaboração do BO, raça/etnia, investigação de rua, violência contra a mulher, da formalização do BO ao inquérito, violência contra a criança e o adolescente, construção de bancos de dados, direitos sexuais e combate à homofobia, o perfil do investigador e a legislação da violência sexual.