A Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou, em setembro, a menor taxa de desemprego, desde o início da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), em dezembro de 1996. O índice de desemprego total recuou pelo quarto mês consecutivo, passando de 19,9%, em agosto, para os atuais 19,7% da População Economicamente Ativa (PEA).

O contingente de desempregados foi estimado em 365 mil pessoas, 1 mil a menos em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu da geração de 14 mil ocupações, que foi superior ao aumento no número de pessoas (13 mil) na População Economicamente Ativa (PEA). A taxa de participação aumentou, ao passar de 60,0% registrados em agosto, para os atuais 60,3%.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Ufba, órgãos parceiros na pesquisa.

Em setembro, a ocupação da RMS registrou elevação de 1% e o total de ocupados foi estimado em 1.486 mil pessoas. Houve desempenho positivo nos seguintes setores de atividade: Serviços (1,3%, 12 mil postos) e agregado Outros Setores, que inclui Serviços Domésticos, Construção Civil e Outras Atividades, (1,3%, ou 3 mil ocupações).

O Comércio manteve o mesmo contingente do mês anterior (230 mil), enquanto a Indústria registrou leve decréscimo (0,8%, ou 1 mil postos).

Segundo a posição na ocupação, em setembro, foram criados 9 mil postos de trabalho assalariado na RMS. Os contingentes de trabalhadores assalariados do setor privado e do setor público tiveram movimentos diferenciados. O primeiro aumentou em 15 mil pessoas enquanto o último diminuiu em 4 mil.

Entre os assalariados do setor privado, houve crescimento de 13 mil postos de trabalho com registro formal e, em menor proporção, de 2 mil postos entre os sem registro formal. Houve elevação no contingente de trabalhadores domésticos (4 mil) e no agregado Outros (2 mil), que inclui os Empregadores, os Trabalhadores Familiares e os Donos de Negócios Familiares. Registrou-se ligeiro decréscimo no contingente de trabalhadores autônomos (1 mil).

Em agosto, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (0,6%) e, em maior proporção, para os assalariados (2%). Os valores desses rendimentos foram estimados respectivamente em R$ 942 e R$ 1.049. No mesmo período, a massa de rendimentos aumentou para os ocupados (1%), em razão do crescimento do emprego, uma vez que o rendimento diminuiu; e apresentou retração entre os assalariados (0,8%), devido ao decréscimo dos salários, já que o emprego cresceu.