O comércio varejista da Bahia cresceu 9,3% em setembro de 2008, na comparação com igual mês de 2007. No confronto entre setembro e agosto de 2008, a variação foi de 2,1%. Estes dados foram obtidos por meio da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento.

A pesquisa revela que o comércio baiano em setembro teve a contribuição positiva de oito segmentos que compõem o indicador. As taxas mais expressivas foram observadas nos seguintes ramos: Livros, jornais, revistas e papelaria (32,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (27,3%), Móveis e eletrodomésticos (24,1%), Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (17,9%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,3%) e Combustíveis e lubrificantes (11,2%).

Em menor intensidade, registraram variações positivas os ramos de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), enquanto que no subgrupo de Hipermercados e supermercados a variação foi negativa (-1,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,8%). As vendas também aumentaram nos segmentos que não integram o indicador do varejo: Veículos, motocicletas, partes e peças (19,0%) e Material de Construção (20,2%).

De janeiro a setembro de 2008, o Volume de Vendas cresceu 8,1%, na comparação com o mesmo período de 2007. Essa taxa situou-se abaixo da observada nos nove primeiros meses do ano passado, quando o setor teve uma expansão de 10,1%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a Pesquisa Mensal de Comércio registrou crescimento de 8,5%.

O comércio baiano deu início ao processo retomada de crescimento das atividades em dezembro de 2003. Desde então, vem apresentando mensalmente sucessivas taxas de expansão nas vendas. Ao longo desse período, vários fatores foram preponderantes para impulsionar o consumo, dos quais se destacaram as constantes promoções, a expansão sistemática do crédito, a melhoria do poder aquisitivo de camada significativa da população, a ampliação dos prazos de parcelamento e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado.

Apesar dos reflexos da crise econômica, que atinge os mercados financeiros internacionais, os seus efeitos ainda não foram sentidos no comércio baiano. Em setembro, as vendas foram impulsionadas por fatores, como a expansão do crédito e o aumento do emprego. Para o último trimestre de 2008 as expectativas são favoráveis ao crescimento das vendas, porém num ritmo mais lento.