A Secretaria da Cultura (Secult), com seus projetos, mostra o cuidado do Estado com a promoção da igualdade racial. Em quase dois anos, a secretaria realizou muitas iniciativas, como o intercâmbio entre os membros de comunidades afrodescendentes da Bahia e Minas Gerais e o investimento de R$ 3,4 milhões no Carnaval Ouro Negro.

A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), ligada à Secult, deu apoio a projetos artísticos voltados para a valorização da cultura afro. A Fundação Pedro Calmon criou atividades para a manutenção da memória e produção literária afro-brasileira, seminários, encontros, jornadas. O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) desenvolve projetos para a salvaguarda de terreiros de candomblé e reconhecimento e tombamento de manifestações como a capoeira, as festas populares, afoxés e na preservação e restauração de obras seculares, a exemplo do São Benedito Negro com o Menino Jesus, que tinha sido destruído por um fanático religioso.

“Os africanos que aportaram no Brasil foram determinantes em nosso processo de civilização. Para cá eles trouxeram conhecimento, cultura e, através de sua força de trabalho, participaram decisivamente da construção do país. É evidente que tanto a escravidão quanto a abolição, do modo como são feitas no país, trouxeram conseqüências que estão presentes hoje. A reparação e a promoção da igualdade racial são deveres do Estado brasileiro”, afirmou o secretário de Cultura, Márcio Meirelles.

A Rádio Educadora e a TVE, do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), também dão visibilidade para diversos grupos ligados às tradições culturais afro-baianas, principalmente durante o Carnaval. O Museu de Arte Moderna (MAM) estreitou os laços com a África contemporânea, por meio da arte, atualizando a ligação com o continente e retirando o estigma da África primitiva.

Fundo de Cultura

Além disso, a Secult tem atendido a uma grande demanda da sociedade através do Fundo de Cultura, apoiando com mais de R$ 2 milhões projetos que tiveram como objetivo a promoção de aspectos culturais, sociais e artísticos ligados à cultura afro-baiana.

“Chegamos a cogitar a criação de um departamento voltado para a promoção da cultura afro, mas nos pareceu redundante, porque a cultura baiana é negra”, explicou Meirelles.


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