Com o objetivo de agregar valor cultural e de mercado ao artesanato produzido pelos moradores da comunidade quilombola de Dandá, em Simões Filho, o Instituto Mauá, autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), realizou um projeto de pesquisa junto à Central de Trabalhadores Assentados (Ceta) para fazer o reconhecimento da identidade cultural da localidade.

Os resultados obtidos com a pesquisa foram aplicados na produção de novas peças artesanais, feitas com a participação da comunidade. O projeto foi coordenado pela professora Eny Cleyde Farias.

Durante o período de formação, ela desenvolveu ações de interpretação do patrimônio com a comunidade, histórico do local, configuração e simbologia do espaço e identidade cultural e artesanato.

Cada uma das artesãs participantes da capacitação é agora uma multiplicadora da ação. O conhecimento adquirido será repassado à comunidade com a finalidade de desenvolver e aprimorar os processos produtivos e as técnicas artesanais e ainda trabalhar na busca de preservar o meio ambiente.

Além de oferecer o curso de capacitação, o instituto interfere também no processo de escoamento da produção e faz a intermediação entre a comunidade do Dandá e interessados nos seus produtos, além de comprar as peças artesanais. A capacitação de outras comunidades quilombolas está no plano de trabalho do Mauá.