Considerada um dos mais belos exemplares do barroco português no mundo, a Igreja de São Francisco, no Pelourinho, recebe nesta quarta-feira (5), às 20h, a Série Mozart nas Igrejas.

O concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) terá regência de Ricardo Castro, que também atuará como pianista, e a participação dos solistas Gyula Stuller (violino), como convidado especial, além dos músicos Alexandr Tchikilov (viola) e Suzana Kato (violoncelo).

Nesta apresentação, o público poderá apreciar duas peças da produção camerística do compositor – Sonata para violino e piano em mi menor, K. 304, e o Quarteto para piano nº 1, em sol menor, K. 478 – e uma obra do repertório orquestral, a Sinfonia nº 38, em ré maior, K. 504, “Praga”. A entrada é franca.

Wolfgang Amadeus Mozart tinha 22 anos quando escreveu a Sonata para violino e piano, três dias após a morte de sua mãe, em Paris. Este sentimento de nostalgia e dor acompanha todos os movimentos da partitura.

O Quarteto para piano nº 1 em sol menor é um “tour de force” do repertório da música de câmera, em razão do alto nível técnico exigido para sua execução. Já a Sinfonia nº 38, em ré maior, K. 504, “Praga”, teve sua estréia em Praga, em janeiro de 1787, poucas semanas após a estréia de “As Bodas de Fígaro”, naquela cidade.

Um artigo do periódico “Prager Neue Zeitung”, publicado logo após a morte de Mozart, expressa esse sentimento: “Parece que Mozart compôs para o povo da Boêmia. Em nenhum lugar sua música é mais compreendida que em Praga e, mesmo no campo, ela é largamente amada”. Mozart compôs a Sinfonia “Praga” em reconhecimento à estima dos tchecos da Boêmia.