Antiga residência dos governadores e um dos mais antigos palácios do Brasil, o Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal, passará por uma ampla reforma. Em virtude das obras, o Memorial dos Governadores, que funciona no Palácio, fechará suas portas para visitação pública, a partir desta segunda-feira (1).

Em breve, o Memorial, que reúne objetos pessoais e documentação de todos os governantes da República, poderá ser visitado no prédio da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris).

Atualmente, o Palácio Rio Branco abriga a Fundação Cultural do Estado (Funceb) e a Fundação Pedro Calmon (FPC), unidades da Secretaria de Cultura do Estado (Secult).

A reforma do Palácio integra o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) que abrangerá também a Igreja e Cemitério do Pilar, Igreja do Rosário dos Pretos, Oratório da Cruz do Pascoal, Casa das Sete Mortes e Palácio da Aclamação.

Os investimentos, de R$ 15 milhões, serão custeados por meio de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida do Governo do Estado. A ação está sendo coordenada por técnicos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Histórico

O Palácio começou a ser construído pelo primeiro governador-geral do Brasil, Thomé de Souza, em meados do século XVI, para ser o centro da administração portuguesa. Teve várias funções, como quartel e prisão. Abrigou Dom Pedro II, quando este veio em visita à Bahia, em 1859.

Em 10 de janeiro de 1912, o Palácio Rio Branco foi um dos pontos atingidos pelo bombardeio efetuado na cidade do Salvador, a mando do presidente da República, Hermes da Fonseca. O prédio ficou em ruínas. Depois da reconstrução foi reinaugurado pelo governador Antônio Ferrão Moniz de Aragão, em 1919, e recebeu o nome de "Rio Branco”.