Tirar dos erros sempre um aprendizado e ganhar o mundo por meio da dedicação aos estudos. Este é o lema da estudante Emanoela Varjão, de 14 anos, da unidade de ensino estadual Escolas Reunidas Coronel João Sá, em Jeremoabo. Ela é finalista na categoria memórias da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa com o texto Entre Recordações da Minha Terra.

A premiação ocorrerá na segunda-feira (01), em Brasília, onde serão escolhidos entre 50 de cada uma das três categorias somente cinco. Aos 15 alunos e professores vencedores na etapa nacional serão entregues medalhas de ouro, computadores e impressoras. As escolas premiadas serão contempladas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca.

Superação

As dificuldades de morar numa cidade pequena, com menos de 40 mil habitantes, sem acesso fácil e rápido a internet e à uma biblioteca e a eliminação na etapa regional do Soletrando, só deram mais forças para Emanoela seguir em frente.

Estudante curiosa e dedicada logo que soube do concurso, pediu a professora para inscrever a escola e, como não conhecia o significado do termo memórias, uma das categorias da Olimpíada, decidiu pesquisar. A partir daí, descobriu coisas muito interessantes e se inscreveu nesta categoria.

Realizou entrevistas com moradores antigos, visitou casas e conheceu objetos que nunca tinha visto. E para falar da cidade em que mora fez uma memória de Sebastião, o morador mais antigo de Jeremoabo. “Foi muita experiência maravilhosa. Aprendi como colocar mais emoção no texto para envolver o leitor. Vale a pena se esforçar e acreditar que, através dos estudos, a gente pode ganhar o mundo”, afirmou a estudante que tem conhecido lugares e buscado conquistar seu espaço.

Antes só conhecia Salvador, para participar da etapa regional do Soletrando. “Isto serviu para me estimular a ficar mais atenta e me dedicar mais aos estudos. Pretendo fazer medicina, acho uma profissão muito interessante por poder ajudar as pessoas, e sei que requer muito estudos para conseguir uma vaga. Por isso estou me preparando desde agora”, concluiu Emanoela Varjão.

A professora de português, Rúbya de Carvalho, que a acompanha confirmou a postura da estudante e a considera muito esforçada, chegando a ir à escola no turno oposto à aula para estudar e assistir mais aulas. “Desta experiência pude trazer para meus alunos que todos são capazes e fiquei muito feliz com o reconhecimento do nosso trabalho”.

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é uma parceria entre o Ministério da Educação, a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).