Impulsionar a economia baiana para estimular a produção, as vendas e inibir demissões na indústria e no comércio. Estes são os objetivos do pacote de incentivo para o setor produtivo, que o governador Jaques Wagner confirmou, nesta sexta-feira (28), no encerramento da VI Reunião Anual da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção, em Salvador.

Entre as medidas, estão a concessão de linhas de crédito para empresas, no valor de R$ 30 milhões, além de outros R$ 80 milhões para apoio ao pólo de informática, localizado na região do litoral sul do Estado – que gera aproximadamente 2 mil postos de trabalho – e o parcelamento do ICMS em até quatro vezes para o setor do comércio.

A medida, segundo o governador, visa impulsionar a economia baiana para estimular a produção, as vendas e inibir demissões na indústria e no comércio. Ele espera que o empresariado baiano não reaja de forma imediata à crise com a extinção de postos de trabalho. “Isso cria um ambiente negativo e é o que queremos evitar, pois a recessão gera redução do consumo e traz uma série de prejuízos em cadeia. Por isso, preferi adotar a mesma postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em estimular o setor produtivo”, justificou.

Os financiamentos serão feitos por meio de instituições de fomento do governo federal, como os Bancos Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Brasil, e do estado, como a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia).

Durante o evento, que reuniu representantes do Ministério da Justiça, Controladoria Geral da União e Ministério Público, o governador baiano voltou a defender uma maior intervenção do Estado sobre o mercado financeiro, “pois não se pode dar plenos poderes para quem faz da atividade econômica um cassino”, numa dura crítica à especulação financeira.