Entre as iniciativas do Governo do Estado de promoção social dos povos e comunidades tradicionais está a implantação de sete Centros de Referência de Assistência Social (Cras) exclusivos para população remanescente de quilombos.

É primeira vez que o Estado financia a implantação destes equipamentos, com recursos provenientes do Fundo Estadual de Assistência Social (Feas). Os municípios beneficiados com os Cras são Boninal, Cachoeira, Cairú, Campo Formoso, Ibitiara, Carinhanha e Cipó (nos dois últimos, os centros já foram inaugurados).

A ação vai contribuir para a promoção social de parte da população negra da Bahia que, historicamente, sofre com a ausência de políticas públicas capazes de inseri-las no campo dos direitos.

“Nosso entendimento é de que esta população deve ser privilegiada com ações de natureza afirmativa, que retire este público da invisibilidade histórica”, justificou Elizabeth Borges, superintendente de Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes).

Além dos Cras quilombolas, que terão capacidade total de atender a 4,5 mil famílias anualmente, outros 22 serão implantados na Bahia, com investimento total de R$ 1,3 milhão do Estado. Por meio dos centros, também conhecidos como “Casas da Família”, a população pode acessar serviços, programas e benefícios voltados à inclusão produtiva, promoção da autonomia e do convívio familiar e comunitário.

Para implementação dos centros há um compartilhamento de responsabilidades, onde os municípios devem oferecer as condições de funcionamento, disponibilizando o espaço para a execução das atividades. Já o Estado deve repassar recursos para ações como aquisição de equipamentos e contratação de pessoal, caso o município não possua equipe técnica própria.