A recente criação de mais quatro Comitês de Bacias Hidrográficas em menos de dois anos – totalizando o número de dez comitês em funcionamento em todo o estado – e a meta de aumentar esse número até o ano de 2010 nas demais macro-bacias da Bahia, por meio da convocação da sociedade a participar da formação dos Comitês.
Esses foram alguns dos destaques da palestra “Avanços na Gestão Participativa das Águas na Bahia” realizada pelo diretor-geral do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Inga), Julio Rocha, na abertura do 10º Encontro Nacional de Comitês de Bacia.

O evento, promovido pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacia, acontece no Rio de Janeiro até esta sexta-feira (14), e envolve os comitês implantados em 18 estados para trocar experiências e apresentar como é feita a gestão participativa e compartilhada entre todos os componentes do Sistema de Recursos Hídricos do Brasil.

Rocha falou também sobre o papel dos estados na gestão das águas, sobre a importância da participação da sociedade nas decisões que envolvem os recursos hídricos de sua região por meio dos comitês de bacias, e papel dos comitês e a integração da política das águas do país.

O foco do encontro é o “O Fortalecimento da Gestão Participativa das Águas – Dez Anos de Articulação dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Brasil”. O tema visa destacar a importância dos Comitês de Bacias Hidrográficas dentro do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Brasil.

Participam do evento, membros titulares e suplentes dos Comitês de Bacias Hidrográficas, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, representantes das três esferas de governo e demais organizações que fazem parte do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos.

Entre os objetivos do encontro estão identificar as oportunidades e desafios para a promoção da gestão integrada das águas, de forma participativa e descentralizada, integrar todos os organismos e segmentos que compõem e participam do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, sejam públicos ou privados, e discutir os cenários futuros no que se refere aos recursos hídricos no Brasil para a efetivação das políticas públicas ligadas à água.

Para os integrantes baianos dos comitês que participam do evento – representados pelo poder público, usuários da água, sociedade civil organizada e povos indígenas- a conquista da melhoria para a qualidade e quantidade das águas é possível cada vez mais pela promoção da discussão integrada, participativa e compartilhada na proposição de metas para monitorar o uso da água, e no respeito pelas diferenças culturais, sociais, ambientais, econômicas e políticas das localidades.