Diminuição do tempo de internação e do risco de infecção hospitalar, e aceleração da cura de enfermidades. Esses são alguns benefícios da oxigenoterapia hiperbárica (OHB), um tratamento médico no campo da medicina hiperbárica, em que o paciente respira oxigênio puro (a 100%), num ambiente pressurizado, a câmara hiperbárica, onde fica a uma pressão maior que a do ambiente, com ventilação de oxigênio.

Na Bahia, o único centro de medicina hiperbárica em ambiente hospitalar está instalado, desde agosto de 2000, no Hospital Sagrada Família, em Salvador. São 26 atendimentos por dia para pacientes do próprio hospital e para outros encaminhados por unidades de saúde.

Com intuito de beneficiar os atendidos nas unidades da Secretaria da Saúde do Estado foi firmado um contrato, entre a Sesab e o Centro de Medicina Hiperbárica do Nordeste, para atendimento desses pacientes no centro.

Para o Estado, o beneficio é a diminuição de custo com internações prolongadas e o aumento da rotatividade de leitos. Pelo contrato, que já está no quinto ano, existe a possibilidade de serem assistidos até 19 pacientes por mês, sendo 17 vagas para os eletivos e duas para emergências.

De acordo com a enfermeira do centro, Pollyan Acioli, os casos de emergências ocorrem quase sempre com pescadores que realizam mergulhos sem nenhum cuidado. “No caso de acidentes com mergulhadores, conseguimos eliminar a possibilidade de seqüelas se o acidentado entrar na câmara até 6 horas após o ocorrido”, explica.

Nos atendimentos eletivos, a OHB atua como coadjuvante no tratamento, acelerando a circulação e fazendo com que o corpo tenha uma melhor oxigenação. A OHB auxilia principalmente na cura de doenças descompressivas, embolias, cicatrização de feridas graves, de pé diabético e politraumas.

Das unidades da Sesab são encaminhados, na sua maioria, pacientes do Hospital Geral do Estado (HGE), com queimaduras graves e politraumas. Dos Hospitais Roberto Santos e Manoel Vitorino são os que apresentam pé diabético, e do Hospital Ernesto Simões, aqueles que têm feridas de alta complexidade.

Como esclarece a assessora técnica da Diretoria de Regulação da Assistência à Saúde, da Sesab, Karla Musto, à medida que é identificada a indicação desse tipo de tratamento, o sistema de regulação avalia o pedido e encaminha o paciente.